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Bitcoin (BTC) pode ultrapassar os R$ 1 milhão em 2025, diz diretor do Mercado Bitcoin; vale investir?

17 jan 2025, 7:00 - atualizado em 16 jan 2025, 9:16
Onde Investir Cripto bitcoin
Mercado projeta aceleração do mercado de cripto; veja outras moedas digitais, além do Bitcoin, para investir. (Foto: Money Times/Giovanna Melo)

Com o mercado de criptomoedas aquecido e com o dólar em alta frente ao real, o preço da Bitcoin (BTC) pode ficar acima de R$ 1 milhão ano longo do ano, segundo Fabricio Tota, Diretor de Novos Negócios do Mercado Bitcoin.

“Eu estou muito otimista, com a projeção do Bitcoin na casa de US$ 150 mil e US$ 200 mil. Vejo um cenário de dólar estressado por aqui, que pode fazer o câmbio se deteriorar e se você faz uma continha, não seria surpreendente ver Bitcoin a R$ 1 milhão”, disse no painel de Cripto do evento “Onde Investir em 2025”, do Seu Dinheiro.

Marcelo Cestari, analista de investimentos e trader da Empiricus Gestão, tcompartilha da mesma perspectiva. Ele projeta o Bitcoin na faixa de US$ 150 mil e compara o potencial bull market de 2025 aos de 2017 e 2021 — quando a criptomoeda saltou de US$ 1 para US$ 16 mil e de US$ 29 mil para US$ 69 mil, respectivamente.

“É obvio que a gente tem uma configuração diferente, novos produtos, uma maior participação institucional no mercado e o cenário macro influenciando no curto prazo, mas eu estou muito otimista”, afirma.

O rali recente no mercado cripto foi impulsionado pela vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos EUA. Durante a campanha, Trump adotou um discurso pró-criptomoedas, prometendo facilitar o desenvolvimento do setor e criar uma reserva nacional de moeda digital. Essas propostas contribuíram para que o Bitcoin subisse mais de 120% no ano.

Embora ainda não seja possível saber se Trump cumprirá todas as promessas, Cestari acredita que o discurso do presidente eleito vai além da estratégia eleitoral. Tanto o vice-presidente J.D. Vance quanto os recém-nomeados secretário do Tesouro, Scott Bessent, e presidente da SEC, Paul Atkins, são defensores das criptomoedas e já indicaram planos para revisar a regulamentação nos EUA.

“Trump já disse que ele quer, não só regulamentar essa parte dos bancos começarem a oferecer cripto, mas também focar na criação da reserva estratégica dos EUA e na regulamentação das stablecoins. Acho que isso vai acontecer, mas de uma maneira bem devagar e burocrática, porque existe muita politicagem em volta”, afirma.

Tota, por sua vez, ressaltou que, mesmo que algumas das promessas não sejam cumpridas, o preço das moedas digitais dificilmente sofrerá quedas significativas. “Mas se alguns dos planos, como a criação da reserva estratégica, acontecer, o preço é catapultado para cima”.

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Criptomoedas: Onde investir em 2025?

Para quem planeja investir em criptomoedas, o Bitcoin continua sendo a melhor porta de entrada. Tota explica que, diferentemente de ativos tradicionais, onde a diversificação é geralmente mais equilibrada, no mercado cripto é comum começar com uma parcela significativa em Bitcoin antes de explorar outras moedas digitais.

Cestari reforça que o Bitcoin é a escolha inicial para novos investidores, especialmente com a popularização de ETFs, que tornam o acesso mais prático. Isso sugere uma tendência de valorização contínua para a maior criptomoeda do mundo.

Além do Bitcoin, Ethereum (ETH) e Solana (SOL) também têm perspectivas de alta para 2025, impulsionadas pelo avanço regulatório e maior participação institucional. No caso da Solana, sua blockchain foi a que mais cresceu em projetos em 2024, e há expectativas de aprovação de ETFs baseados nela no próximo ano.

“Saindo dessa tríade, se a gente for olhar um setor, eu estou bastante otimista com o setor de inteligência artificial. Ele foi o segundo melhor setor do mercado de criptos no ano passado, só não ultrapassando o de memecoins. E a evolução da inteligência artificial vai ajudar a melhorar a eficiência, a infraestrutura, a tecnologia da blockchain e de projetos”, afirma o analista da Empiricus Gestão.

Tota também destacou o avanço da tokenização de ativos reais, como Treasuries e fundos, como uma tendência importante. “É uma ponte até mais palatável para o institucional quando ele olha para cripto”, afirma.

Editora
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.