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Bitcoin (BTC): mais da metade do fornecimento está ‘adormecido’ há dois anos apesar de prejuízo no período

12 abr 2023, 13:44 - atualizado em 12 abr 2023, 13:44
Bitcoin
Mais da metade das unidades existentes de Bitcoin não circula há mais de dois anos, segundo dados recentes divulgados pelo Decrypt, um novo recorde histórico (Imagem: Pixabay/EivindPedersen)

Mesmo com novas sequências de altas, investidores de bitcoins mais antigos, principalmente os que estão no prejuízo, mantêm suas posições. Dessa forma, não embolsam os lucros nem realizam perdas.

A persistência no Bitcoin (BTC) não é algo inédito, e muito menos estática. Na realidade, o movimento de “hodl”, ou de investidores a longo prazo, é tão volátil como a própria criptomoeda. Aliás, esse comportamento pode servir como temperatura para o sentimento do mercado cripto no curto prazo.

Por se tratar de uma rede pública, o Bitcoin possui dados que são possíveis de serem extraídos diretamente do seu blockchain. São os chamados dados “onchain”, ou dentro do blockchain.

Certas métricas buscam medir o acúmulo de investidores de longo prazo. A conta é feita a partir de números de carteiras virtuais paradas dentro de um determinado espaço de tempo ou até mesmo a quantidade de bitcoins em uma amostra de endereços.

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Bitcoin (BTC) engatou em novas altas; como estão os hodlers?

Normalmente, é possível identificar como a alta está sendo observada pelos investidores mais antigos no mercado. Por exemplo, em um cenário onde existe um despejo, ou realização de lucro, por parte dos “anciões”, é entendível que a tese de continuidade na alta seja descartada por eles.

No momento, mais da metade das unidades existentes de Bitcoin não circula há mais de dois anos, segundo dados recentes divulgados pelo Decrypt. Trata-se de um novo recorde histórico. 

Ou seja, a quantidade representa 10,2 milhões de tokens parados, cerca de US$ 309 bilhões. Ao todo, 19,3 milhões de Bitcoins foram minerados desde o surgimento do Bitcoin. O período de dois anos também representa um prejuízo de quase 50% para quem comprou no início desta janela de tempo.

Imagem: Google/Montagem Crypto Times)

Além disso, a métrica de carteiras com mais de um Bitcoin armazenados atingiu números recordes durante esse ano. São 993.516 endereços que possuem no mínimo um bitcoin armazenados.

Imagem: LookintoBitcoin/Montagem Crypto Times)

No entanto, as “baleias” – ou endereços com mais de 1.000 bitcoins – está em queda. E isso pode indicar que são elas que estão alimentando as carteiras com mais de um.

Imagem: LookintoBitcoin/Montagem Crypto Times)

O que pode reforçar essa tese, é o fato de que o gráfico de Lucro/Perda Líquido Não Realizado (NUPL), aponta para uma euforia pela primeira vez desde junho de 2022. A data também marca a última vez em que o Bitcoin ultrapassou os US$ 30 mil.

Imagem: LookintoBitcoin/Montagem Crypto Times)

Portanto, a métrica mostra que o número de investidores com prejuízos ainda segurando a criptomoeda é grande, bem como o número de investidores no lucro, que não realizaram seus ganhos.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
leonardo.cavalcanti@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.