Bitcoin (BTC): CEO da FTX não vê futuro para a criptomoeda como uma de pagamentos
O fundador e CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, não vê um futuro para o Bitcoin (BTC) como uma rede de pagamentos, pois o mecanismo de consenso “proof-of-work” (PoW) do sistema não conseguirá lidar com milhões de transações simultâneas.
Bankman-Fried fez críticas à maior criptomoeda do mercado por sua ineficiência em verificar transações e por seu alto custo energético, segundo o Business Insider.
“A rede Bitcoin não é uma rede de pagamentos, e não é uma rede de escalabilidade”, disse o CEO da FTX em uma entrevista ao Financial Times.
Redes em que são feitas “milhões de transações por segundo precisam ser extremamente eficientes, leves e com baixo custo energético. As redes proof-of-stake são [assim]”, disse Bankman-Fried.
“Tem de ser o caso de não escalarmos [a rede] até o ponto em que eventualmente gastemos cem vezes mais do que gastamos hoje em custos de energia para mineração”, disse o CEO da FTX.
Bitcoin: migrar de mecanismo não será fácil
Proof-of-stake e proof-of-work são os dois principais meios usados por redes de criptomoedas para verificar transações.
No caso de PoS, usuários colocam suas criptomoedas como garantia — fazendo o staking delas — para aprovar um novo bloco na rede. Já PoW exige computadores de alta potência para solucionar problemas matemáticos complexos, exigindo uma alta demanda de eletricidade.
O mecanismo de consenso proof-of-work é constantemente alvo de críticas devido ao seu elevado consumo energético.
Segundo o Business Insider, não seria uma tarefa fácil para o bitcoin mudar de PoW para PoS, assim como está fazendo a Ethereum (ETH), a segunda maior criptomoeda do mercado.
A Ethereum está em transição para PoS já há alguns anos e, após diversos atrasos, “The Merge” — a fase final para se tornar proof-of-stake — aparenta estar perto de ser concluída.
CEO da FTX ainda acredita no Bitcoin
Apesar de não acreditar no Bitcoin como rede de pagamentos, o CEO da FTX acredita que BTC tem espaço no mercado de criptomoedas como ativo, commodity e reserva de valor, assim como o ouro (XAU), disse ele na entrevista.
“Não penso que isso signifique que o bitcoin tem que acabar”, acrescentou o CEO da FTX.
A maior criptomoeda do mercado dava leves sinais de recuperação nesta segunda-feira (16), após ter registrado uma queda surpreendente na semana passada, quando chegou à cotação de US$ 26.350. No momento de publicação desta notícia, bitcoin caía 0,42%, a US$ 30.110, segundo dados do CoinMarketCap.
Receba as newsletters do Money Times!
Cadastre-se nas nossas newsletters e esteja sempre bem informado com as notícias que enriquecem seu dia! O Money Times traz 8 curadorias que abrangem os principais temas do mercado. Faça agora seu cadastro e receba as informações diretamente no seu e-mail. É de graça!
Disclaimer
O Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.