Bitcoin (BTC): 3 indicadores que apontam para a criptomoeda como alternativa em meio à crise dos bancos

O Bitcoin (BTC) encostou em US$ 28 mil, valor mais alto desde junho de 2022. A quebra do SVB, que afetou o Signature Bank, Credit Suisse e bancos menores, pode ter dado um novo significado a uma antiga tese de Bitcoin: de dinheiro imutável e escassez programada.

Ao longo de 2022, a criptomoeda observou grandes quedas com o desenrolar da crise na FTX, corretora que era a segunda maior do mundo antes de decretar falência.

Além disso, o Banco Central dos Estados Unidos, Federal Reserve, fez com que o cenário macroeconômico assustasse os investidores do risco através de aumentos expressivos na taxa de juros do país.

Entretanto, o cenário pode ter mudado em meio a recente crise nos bancos dos EUA, apontam analistas. Métricas retiradas de dentro do blockchain do Bitcoin, chamadas de análises onchain, podem reforçar a tese de analistas. Confira:

Bitcoin e a correlação com ouro

Grande parte do ano de 2022, o Bitcoin (BTC) permaneceu grudado com o índice de tecnologia da Nasdaq. A visão do mercado era de que a criptomoeda estaria muito mais ligada ao mercado de tecnologia.

Nas últimas semanas, essa correlação foi diminuindo, e sendo substituída com a do ouro. Vale ressaltar que, em movimento comum do mercado, quando existem riscos sistêmicos, é de que os investidores se protejam com commodities como Ouro e Prata.

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Hashrate e dificuldade de mineração

O poder computacional necessário para minerar um bloco de bitcoin, também chamado de “hashrate”, esteve aumentando junto com a dificuldade de mineração da criptomoeda.

O fato do Bitcoin ajustar a dificuldade de rede, conforme mais computadores participam da atividade, indica um interesse por mineração.

Conforme o mempool.space, site que reúne informações sobre a rede Bitcoin, a dificuldade de mineração do Bitcoin e o hashrate, estão atingindo níveis recordes durante o ano.

Essas métricas também indicam que a rede está mais segura, uma vez que quanto mais difícil é minerar um bloco, mais difícil é alterar o conteúdo nele contido, como transações e valores.

Taxa da rede Bitcoin aumenta

A taxa de rede do Bitcoin aumenta conforme sua demanda. Isso é, quando um usuário quer utilizar a criptomoeda, ele precisa pagar um valor aos mineradores e validadores. Quanto mais pessoas estão buscando utilizar, mais cara a rede pode ficar.

A taxa de rede do Bitcoin está voltando aos níveis de junho do ano passado, o que indica um aumento de pessoas utilizando a rede, seja para compra e venda ou para transacionar valor.

Vale ressaltar que atualmente, grande parte das micro transações no Bitcoin são feitas em segunda camada na rede Lightning, onde as taxas são de centavos.

Ou seja, essas transações podem ser em grande maioria lotes maiores em valor. Trata-se de mais pessoas transacionando grandes valores na rede principal.