Biosev reduz prejuízo para R$ 169 milhões, mas ações caem mais de 3%
A produtora de açúcar e etanol controlada pela empresa de commodities Louis Dreyfus, Biosev (BSEV3), reportou prejuízo trimestral de R$ 169 milhões, 66,7% menor em relação ao prejuízo registrado em igual período do ano passado, devido a efeitos positivos do câmbio e por redução de custos. Com isso, as ações da companhia são negociadas com queda de 3,08% a R$ 2,52.
A Biosev disse que processou 10,88 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no trimestre, 3,4% a menos que no mesmo período de 2018, em parte por conta de um início tardio da colheita.
A companhia atingiu um recorde para o período de alocação de cana para a produção de etanol, com 66,3%, otimizando suas instalações para produzirem o biocombustível, que atualmente gera retornos financeiros maiores que o açúcar.
O Ebitda ajustado, uma medida de geração de caixa, aumentou 13% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, para R$ 291 milhões.
“Conseguimos aumentar o Ebitda mesmo moendo menos cana no período, o que mostra o impacto de nossos cortes de custos”, disse o presidente-executivo, Juan José Blanchard, em uma breve entrevista para comentar sobre os resultados.
Ele disse que o mix recorde de produção de etanol no trimestre foi possível devido aos recentes investimentos feitos pela empresa para aumentar a capacidade de produção do combustível, com novos equipamentos de destilação em algumas usinas.
Outros no setor, como Raízen e São Martinho (SMTO3), têm menor flexibilidade para produzir mais etanol, disse Biosev . A unidade da Dreyfus está estocando açúcar para vender adiante, já que tem posições de hedge mais longas.