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Biocombustíveis estão caminhando para a ‘comodotização’ com plataforma de negociação

02 dez 2021, 11:55 - atualizado em 02 dez 2021, 12:31
Diesel Petrobras Combustíveis
Biocombustíveis começam uma nova etapa nos modelos de negociação tradicional (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Se o biodiesel e o etanol conquistarem um modelo de precificação fora do ambiente de negócios entre produtores e compradores, e não expressando apenas o mercado spot, estaria encaminhado o processo de comoditização dos dois produtos.

Parece que o primeiro passo foi dado, com a criação de uma plataforma de negociação na Bolsa Brasileira de Mercadoria (BBM) para os biocombustíveis, que, em joint venture com a Datagro, vão trazer para o mercado mais agentes nas negociações, como corretoras.

Para o biodiesel, em particular, o ambiente de negociação mais encorpado de participantes chega num momento importante, já que foi decidido, pelo governo, o fim dos leilões, além da permanência de 10% no teor de mistura ao diesel.

O risco de haver concentração das compras pelas grandes distribuidoras fica diluído.

E como destacam os CEOs da BBM e Datagro, Cesar Henrique Bernardes Costa e Plínio Nastari, fica mais garantido também os compromissos de entrega no spot e a termo, com transparência e segurança.

E sob amparo de Câmara Arbitral para soluções de controvérsias.

A BBMDatagro, nome da batismo da plataforma, e que já entra em operação neste mês mesmo, também vai dar suporte para negociação de DDGs (derivado do esmagamento de soja e milho), bagaço de cana e ativos ambientais.