CryptoTimes

Binance faz demissões nos EUA e perde seu CEO; no Brasil, corretora é alvo de investigações

15 set 2023, 13:29 - atualizado em 15 set 2023, 13:29
binance-EUA-Brasil-cripto
Binance é convocada no Brasil para CPI das Pirâmides e será investigada (Imagem: Pixabay)

A Binance, a maior corretora de criptomoedas global, perdeu o Chief Executive Office (CEO) da unidade dos Estados Unidos enquanto demitia 30% dos funcionários.

As informações foram divulgadas pelo portal estadunidense Bloomberg, que afirmou que mais de 100 cargos foram esvaziados e que o lugar do CEO foi prontamente ocupado pelo diretor jurídico da empresa Norman Reed.

Em comunicado ao site, a Binance disse que as ações realizadas pela empresa que possui mais de sete anos no segmento vão permitir que ela continue tocando o negócio focando no mercado cripto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Binance no Brasil

Enquanto isso, a unidade no Brasil também enfrenta dificuldades e é alvo de investigações pela “CPI das Pirâmides“.

Nesta quinta-feira (14), o diretor-geral da Binance no Brasil, Guilherme Haddad Nazar, esteve na Câmara dos Deputados para explicar a relação da Binance com empresas investigadas pela CPI por esquemas de pirâmide financeira, como a GAS Consultoria e a Rental Coins.

De acordo com Nazar, a corretora de criptomoedas vem sendo utilizada de maneira indevida por pessoas mal-intencionadas, o que está manchando a imagem de “vítima dos esquemas”.

“Temos globalmente um time de mais de 750 pessoas que desenvolve políticas de prevenção à lavagem de dinheiro e outros crimes”, informou Nazar.

“Temos um processo individualizado pelo qual identificamos o cliente, estipulamos limites, que só podem ser ultrapassados mediante comprovação de capacidade financeira, e definimos que saques e depósitos só podem ocorrer para contas de mesma titularidade”, continuou.

O diretor-geral também foi questionado pelos debutados presentes sobre tributação e reconheceu que a Binance não paga tributos no Brasil. “A Binance opera em um modelo de corretora internacional, portanto, as atividades de compra e venda de criptoativos não ocorrem no País”, disse.

Ele admitiu, no entanto, que a regulação do setor a ser definida pelo Banco Central poderá passar a prever um fato gerador para essas operações no Brasil.

*Com informações da Agência Câmara de Notícias.