Binance faz demissões nos EUA e perde seu CEO; no Brasil, corretora é alvo de investigações
A Binance, a maior corretora de criptomoedas global, perdeu o Chief Executive Office (CEO) da unidade dos Estados Unidos enquanto demitia 30% dos funcionários.
As informações foram divulgadas pelo portal estadunidense Bloomberg, que afirmou que mais de 100 cargos foram esvaziados e que o lugar do CEO foi prontamente ocupado pelo diretor jurídico da empresa Norman Reed.
Em comunicado ao site, a Binance disse que as ações realizadas pela empresa que possui mais de sete anos no segmento vão permitir que ela continue tocando o negócio focando no mercado cripto.
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Binance no Brasil
Enquanto isso, a unidade no Brasil também enfrenta dificuldades e é alvo de investigações pela “CPI das Pirâmides“.
Nesta quinta-feira (14), o diretor-geral da Binance no Brasil, Guilherme Haddad Nazar, esteve na Câmara dos Deputados para explicar a relação da Binance com empresas investigadas pela CPI por esquemas de pirâmide financeira, como a GAS Consultoria e a Rental Coins.
De acordo com Nazar, a corretora de criptomoedas vem sendo utilizada de maneira indevida por pessoas mal-intencionadas, o que está manchando a imagem de “vítima dos esquemas”.
“Temos globalmente um time de mais de 750 pessoas que desenvolve políticas de prevenção à lavagem de dinheiro e outros crimes”, informou Nazar.
“Temos um processo individualizado pelo qual identificamos o cliente, estipulamos limites, que só podem ser ultrapassados mediante comprovação de capacidade financeira, e definimos que saques e depósitos só podem ocorrer para contas de mesma titularidade”, continuou.
O diretor-geral também foi questionado pelos debutados presentes sobre tributação e reconheceu que a Binance não paga tributos no Brasil. “A Binance opera em um modelo de corretora internacional, portanto, as atividades de compra e venda de criptoativos não ocorrem no País”, disse.
Ele admitiu, no entanto, que a regulação do setor a ser definida pelo Banco Central poderá passar a prever um fato gerador para essas operações no Brasil.
*Com informações da Agência Câmara de Notícias.