Binance anuncia expansão de programa global de treinamento para autoridades
A Binance, corretora de criptomoedas, anunciou nesta terça-feira (27) o seu Programa Global de Treinamento para Autoridades de Aplicação da Lei, que, segundo a empresa, se desenvolveu exponencialmente com a expansão da equipe de investigações no último ano.
O programa foi criado pela Binance sob o objetivo de apoiar autoridades, promotores e investigadores públicos na identificação de crimes financeiros e cibernéticos.
Tigran Gambaryan, chefe global de Inteligência e Investigações da Binance, diz que os reguladores, agentes de aplicação da lei e stakeholders do setor privado estão dando cada vez mais atenção às criptomoedas, e percebe uma demanda crescente por treinamento para apoiar a educação e o combate a crimes envolvendo cripto
“Para atender a essa demanda, reforçamos nossa equipe para oferecer mais treinamentos e trabalhar lado a lado com reguladores em todo o mundo”, diz.
Ao longo do último ano, a equipe de investigações da Binance diz ter conduzido e participado de mais de 30 workshops de combate a crimes cibernéticos e financeiros, com autoridades de investigação e aplicação da lei de vários países, incluindo Argentina, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Israel, Holanda, Filipinas, Suécia, Coreia do Sul, Reino Unido, entre outros.
O treinamento é comandado pelos líderes da equipe de investigações da Binance, composta por especialistas em segurança e ex-agentes da lei, incluindo profissionais que ajudaram a derrubar algumas das maiores plataformas criminosas de criptomoedas do mundo, incluindo a Silkroad, uma das operadoras no marketplace da darknet Hydra.
Conforme anunciado, o programa de treinamento, que dura um dia inteiro, inclui workshops presenciais sobre os conceitos de blockchain e criptoativos, e apresenta uma visão sobre a evolução do ambiente legal e regulatório global.
O conteúdo aborda as políticas de Prevenção à Lavagem de Dinheiro (PLD ou em inglês Anti-Money Laundering – AML) da Binance e os métodos de investigação desenvolvidos pela empresa para detectar e prevenir possíveis fraudes.
Conforme a corretora, como resultado de seus programas de compliance e AML, a Binance recentemente obteve autorizações e registros na França, Itália e Espanha, por exemplo, o que tornou a exchange uma das poucas empresas de cripto a atingir esse feito em países do G7.
Gambaryan, ex-agente especial na Unidade de Crimes Cibernéticos de Investigação Criminal do Internal Revenue Service, comenta que proteger os usuários é prioridade na Binance.
“Trabalhamos lado a lado com as autoridades legais para rastrear e seguir contas suspeitas e fraudes, contribuindo para a luta contra o financiamento do terrorismo, ransomware, tráfico de pessoas, pornografia infantil e crimes financeiros”, disse.
No Brasil, a Binance comunica que já fez treinamentos para agentes da Polícia Federal em Brasília e para promotores de justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro, além de apresentações no Congresso Internacional de Direitos Humanos da Polícia Federal, em Maceió, e a promotores do Ministério Público de São Paulo.
Em setembro, a exchange participou, em Buenos Aires, de um workshop sobre cibersegurança, blockchain e cripto para investigadores na 7ª Reunião do Grupo de Trabalho da Interpol sobre Crimes Cibernéticos para Chefes de Unidade das Américas. Também conduziu um treinamento para investigadores e promotores focados em crimes cibernéticos do Paraguai, na capital Assunção.
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