Bilionários estão na mira de Haddad; ministro defendo tributação progressiva em G20
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, segue com o seu plano de tributação de super-ricos. Durante o seu discurso de abertura da 1ª reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20, Haddad destacou que um dos temas do evento é o de tributação progressiva — assunto que ele considera central para a construção de um mundo mais justo.
“Reconhecendo os avanços obtidos na última década, precisamos admitir que ainda precisamos fazer com que os bilionários do mundo paguem sua justa contribuição em impostos”, afirmou.
Segundo Haddad, além de buscar avançar nas negociações em andamento na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e na Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil defende uma tributação mínima global sobre as riquezas.
Além da parte de tributação justa, o ministro ainda apontou que o encontro do G20 irá abordar temas como pobreza, desigualdade, transformação ecológica e endividamento crônico dos países.
“Os temas que a Presidência Brasileira propôs para essa primeira reunião de Ministros das Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20 em 2024 emergem exatamente do objetivo de construir uma nova globalização, centrada na cooperação internacional para a solução dos nossos desafios sociais e ambientais”, disse.
Banco Central ainda trabalha para reduzir a inflação
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, também falou na abertura do evento, destacando que a autoridade monetária ainda está de olho na inflação e apontando a necessidade de políticas fiscais e monetárias bem calibradas para gerar crescimento sustentável.
“Depois da ação sincronizada por bancos centrais, vimos uma redução progressiva da inflação, mas esse processo ainda não acabou, ainda há trabalho a ser feito na última milha, e riscos permanecem à frente”, disse.
Campos Neto aproveitou para falar sobre a importância da inclusão financeira para promover o desenvolvimento e reduzir a desigualdade.