Big techs assustam os investidores; o que esperar do Ibovespa (IBOV)
A bolha das big techs estourou? Essa é a questão que o mercado está se fazendo desde terça-feira, quando os resultados do segundo trimestre da Tesla apontaram para queda de 45% no lucro líquido — passando de para US$ 2,7 bilhões para US$ 1,48 bilhão, no comparativo anual.
Ontem, as ações da empresa de Elon Musk caíram mais de 12%. As ações da Alphabet, controladora do Google, também caíram — mais de 5% — puxadas pela avaliação dos economistas sobre os números dos últimos três meses.
A dúvida geral é se o entusiasmo com os avanços da inteligência artificial não foram exagerados, inflando o rali visto em Wall Street no primeiro semestre.
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Com isso, as bolsas em Nova York despencaram no último pregão, com S&P500 recuando 2,31%, aos 5.427,13 pontos, o pior resultado desde 15 de dezembro de 2022. Já o Nasdaq teve baixa de 3,64%, aos 17.342,41 pontos, o pior desempenho desde 7 de outubro de 2022.
Para hoje, está no radar dos investidores a primeira leitura do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre nos Estados Unidos. A expectativa é de uma desaceleração de 2,9%, no trimestre anterior, para 2,1%.
As bolsas internacionais e futuros de Wall Street operam no negativo.
O que esperar do Ibovespa
Por aqui, o mercado deve repercutir as falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista à Globonews.
Segundo ele, as medidas que estão sendo tomadas para o Orçamento de 2025 dão “conforto de cumprir a meta fiscal” – que será zero no próximo ano. Mas isso vai depender do que vai passar pelo Congresso.
Haddad também disse ser legítimo o debate sobre mudanças nas vinculações das despesas do governo federal, que estabelecem por lei patamares obrigatórios de gastos em determinadas áreas.
Agora de manhã saem os números da prévia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) de julho. A projeção é de alta de 0,23%, frente a 0,39% no mês passado, segundo o Broadcast.
Se confirmada, essa será a segunda desaceleração seguida do IPCA-15, que já havia amenizado a alta de 0,44% em maio para 0,39% em junho.
Além disso, também tem balanço o segundo trimestre da Vale (VALE3) — veja o que esperar dos resultados da mineradora aqui — Hypera (HYPE3) e Multiplan (MULT3).
No último pregão, o Ibovespa (IBOV) até flertou com o tom positivo, com apoio do petróleo e dos bancos na tentativa de romper a sequência de quedas — sem sucesso.
O principal índice da bolsa brasileira fechou em queda de 0,13%, aos 126.422,73 pontos, e registrou a quinta baixa de julho. Mesmo assim, o índice acumula alta de quase 2% no mês. Já o dólar à vista (USBRL) terminou a sessão a R$ 5,6562 (+1,25%).
Morning Times: Confira os mercados na manhã desta quinta-feira (25)
Bolsas asiáticas
- Tóquio/Nikkei: -3,28%
- Hong Kong/Hang Seng: -1,77%
- China/Xangai: -0,52%
Bolsas europeias (mercado aberto)
- Londres/FTSE100: -0,85%
- Frankfurt/DAX: -1,51%
- Paris/CAC 40: -2,27%
Wall Street (mercado futuro)
- Nasdaq: -0,34%
- S&P 500: -0,17%
- Dow Jones: +0,03%
Commodities
- Petróleo/Brent: -1,52%, a US$ 80,47 o barril
- Petróleo/WTI: -1,55%, a US$ 76,39 o barril
- Minério de ferro: -1,55%, a US$ 105,89 por tonelada, na Bolsa de Dalian
Criptomoedas
- Bitcoin (BTC): -3,68%, a US$ 64.049
- Ethereum (ETH): -8,78%, a US$ 3.165
Boa quinta-feira e fique de olho no Money Times para acompanhar as notícias do mercado!