Internacional

Biden busca fortalecer democracia mundial com cúpula em dezembro

11 ago 2021, 8:11 - atualizado em 11 ago 2021, 14:01
Casa Branca EUA
A cúpula “reunirá chefes de Estado, sociedade civil, filantropia e o setor privado” para discutir “os desafios enfrentados pela democracia, disse a Casa Branca em comunicado (Imagem: ahundt)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, revigorado com sua primeira grande vitória bipartidária, se volta agora para outra frente com o objetivo de fortalecer a fé na democracia por meio de uma cúpula com outros líderes mundiais ainda este ano.

Biden, que assumiu o cargo em janeiro após uma eleição fortemente contestada, ainda criticada por seu rival Donald Trump e seus apoiadores, vai reunir chefes de Estado de outras nações democráticas para uma cúpula virtual em 9 e 10 de dezembro, disse a Casa Branca na quarta-feira.

A cúpula também incluirá representantes da “sociedade civil, filantropia e setor privado”, que farão compromissos para um ano de ação, com uma sessão presencial de acompanhamento um ano depois, informou em nota.

“O desafio do nosso tempo é demonstrar que as democracias podem conseguir resultados, melhorando a vida de seu próprio povo e abordando os maiores problemas que o mundo enfrenta”, disse a Casa Branca.

Os participantes discutirão “os desafios que a democracia enfrenta para fortalecer coletivamente as bases para a renovação democrática”, com foco contra o autoritarismo e na defesa do combate à corrupção e à promoção do respeito aos direitos humanos.

O democrata Biden está embalado pela aprovação de um projeto de infraestrutura trilionário com apoio de 19 senadores republicanos, dizendo que o esforço bipartidário mostra que os Estados Unidos podem enfrentar grandes questões juntos e competir com países como a China, que tem uma sistema político divergente.

Um recorde de 155 milhões de norte-americanos votaram na eleição de novembro de 2020, quando Biden ganhou por mais de 7 milhões de votos e números folgados no Colégio Eleitoral. Múltiplos tribunais, autoridades eleitorais estaduais e o próprio governo Trump rejeitaram as falsas alegações de fraude eleitoral de Trump, mas o então presidente e seus apoiadores persistiram em promover teorias de conspiração infundadas, com seus apoiadores realizando um ataque mortal em 6 de janeiro no Capitólio de Washington.

As democracias ocidentais foram cautelosas com os Estados Unidos sob Trump, que rompeu alianças tradicionais e elogiou laços mais fortes com a Rússia e a China. Outras nações democráticas também viram seus sistemas se desgastarem.

Mesmo nos EUA, Biden e seus companheiros democratas precisam lutar pelos direitos de voto que, segundo os defensores, foram enfraquecidos por uma série de golpes desde que foram instituídos durante a era dos direitos civis na década de 1960, incluindo duas importantes decisões da Suprema Corte e novos esforços em Legislaturas estaduais controladas pelos republicanos.

Os republicanos têm barrado uma legislação proposta no Congresso, argumentando que daria ao governo federal muito controle nas eleições locais.

(Atualizada às 14:00)