Internacional

Biden realizará primeiro comício antes das eleições de novembro para Congresso dos EUA

25 ago 2022, 11:01 - atualizado em 25 ago 2022, 11:01
Presidente dos EUA, Joe Biden, na Casa Branca
Mas alguns candidatos ao Congresso temem que fazer campanha com Biden os prejudique na eleição de 8 de novembro (Imagem: REUTERS/Evelyn Hockstein)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fará nesta quinta-feira seu primeiro comício na reta final das eleições parlamentares de novembro, buscando dar um impulso aos democratas e impedir que os republicanos assumam o controle do Congresso.

O evento do Comitê Nacional Democrata na Richard Montgomery High School, localizada em um subúrbio de Washington, e com uma série de líderes políticos de Maryland, será o início do que a Casa Branca anunciou como uma turnê de costa a costa para ajudar os candidatos democratas.

Uma autoridade do partido disse que o presidente irá “destacar a escolha que os eleitores terão nas próximas eleições de meio de mandato”.

Os republicanos esperam se aproveitar do descontentamento dos eleitores com a inflação e os altos preços da gasolina para vencer em novembro, e eles têm a história do seu lado.

O partido que controla a Casa Branca geralmente perde assentos no Congresso nas primeiras eleições de meio de mandato de um novo presidente, e analistas políticos estão prevendo que os republicanos têm uma chance sólida de assumir o controle da Câmara dos Deputados e possivelmente até do Senado.

Os democratas detêm apenas uma pequena maioria na Câmara, enquanto o Senado está dividido igualmente, com o poder de desempate da vice-presidente dando o controle aos democratas.

O controle republicano de uma ou ambas as casas pode frustrar a agenda legislativa de Biden na segunda metade de seu mandato de quatro anos.

Perdas pesadas também podem intensificar as dúvidas sobre se Biden, de 79 anos, deve concorrer à reeleição em 2024 ou passar para uma geração mais jovem.

Mas Biden e sua equipe esperam que uma série de sucessos legislativos recentes e a indignação dos eleitores com a revogação da decisão de 1973 da Suprema Corte que reconhecia o direito constitucional das mulheres ao aborto gerem uma forte participação entre os democratas.

Os democratas querem que a viagem aumente os números fracos do presidente nas pesquisas e chame a atenção para suas conquistas.

Mas alguns candidatos ao Congresso temem que fazer campanha com Biden os prejudique na eleição de 8 de novembro.

Biden, cujo índice de aprovação mais recente é de 41%, está abaixo da maioria nas pesquisas, se não de todos, os candidatos democratas em disputas competitivas, muitas vezes por dois dígitos, disseram pesquisadores democratas.

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