Biden pede que Congresso estenda moratória a despejos que expira esta semana
O presidente norte-americano, Joe Biden, pediu nesta quinta-feira que o Congresso estenda uma moratória sobre despejos para proteger milhões de inquilinos e suas famílias e que deve expirar esta semana, em meio a uma rápida disseminação de infecções do coronavírus, disse a Casa Branca.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) disse no mês passado que não estenderia a moratória de despejos além de 31 de julho.
O CDC não comentou o assunto em um primeiro momento nesta quinta.
A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, endossa a pressão de Biden, mas o gabinete do líder dos democratas no Senado, Chuck Schumer, também não comentou em um primeiro momento. “Estamos explorando todas as opções para fazer isso”, disse a porta-voz de Pelosi, Mia Ehrenberg.
Mais de 15 milhões de pessoas fazem parte de famílias que estão atrasadas em pagamentos de aluguel, segundo um estudo do Instituto Aspen e o Projeto de Defesa de Despejos Covid-19.
Essas 6,5 milhões de casas coletivamente devem mais de 20 bilhões de dólares aos proprietários.
O Departamento do Tesouro no começo deste mês citou dados do Censo dizendo que cerca de 1,2 milhão de casas muito provavelmente sofreriam despejos nos próximos dois meses.
No mês passado, a Suprema Corte dos EUA votou por 5 x 4 para manter a proibição do CDC a despejos residenciais imposta para combater a disseminação da Covid-19 e evitar que as pessoas ficassem sem moradia durante a pandemia.
“Na minha opinião, uma autorização do Congresso clara e específica (por meio de uma nova legislação) seria necessária para que o CDC prorrogasse a moratória após 31 de julho”, escreveu Brett Kavanaugh, que foi um dos cinco juízes que formaram a maioria na Suprema Corte.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, disse que “dada a disseminação da variante Delta, incluindo entre os norte-americanos mais sujeitos a despejos e sem vacinação, o presidente Biden teria apoiado fortemente uma decisão do CDC de estender a moratória a despejos”.
Mas ela acrescentou que “infelizmente, a Suprema Corte deixou claro que essa opção não está mais disponível”.