Política

Biden envia ex-autoridades de defesa a Taiwan em demonstração de apoio

28 fev 2022, 11:00 - atualizado em 28 fev 2022, 11:00
Eua, China
Pequim reivindica a ilha democraticamente governada como sua e prometeu colocá-la sob controle chinês, pela força, se necessário (Imagem: REUTERS/Tingshu Wang)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enviará uma delegação de ex-autoridades de defesa e segurança a Taiwan nesta segunda-feira, disse um funcionário de alto escalão de seu governo, um sinal de apoio à ilha reivindicada pela China após a invasão russa na Ucrânia.

A visita, liderada pelo ex-chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas Mike Mullen, ocorre em um momento em que Taiwan aumentou seu nível de alerta, temendo que a China se aproveite de um Ocidente distraído para se mover contra ela.

Pequim reivindica a ilha democraticamente governada como sua e prometeu colocá-la sob controle chinês, pela força, se necessário.

Mullen, um almirante reformado da Marinha que serviu como principal oficial militar dos EUA sob os ex-presidentes George W. Bush e Barack Obama, será acompanhado por Meghan O’Sullivan, ex-vice-conselheira de segurança nacional de Bush, e Michele Flournoy, ex-subsecretária de defesa sob Obama, segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato.

Dois ex-diretores seniores do Conselho de Segurança Nacional para a Ásia, Mike Green e Evan Medeiros, também farão a viagem, que visa “demonstrar nosso apoio contínuo e robusto a Taiwan”, disse a autoridade à Reuters.

A delegação deve chegar a Taiwan na tarde de terça-feira e permanecer até a noite de quarta-feira, período em que planeja se encontrar com a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, o ministro da Defesa, Chiu Kuo-cheng, e outras autoridades.

A fonte se recusou a dizer se o momento da visita foi influenciado pela invasão da Ucrânia pela Rússia.

Taiwan disse na semana passada que o ex-secretário de Estado dos EUA Mike Pompeo, que serviu no governo do ex-presidente Donald Trump, visitaria a ilha de 2 a 5 de março e se encontraria com Tsai.

O governo Biden se recusou a comentar a visita de Pompeo.