Biden eleva taxação de carros elétricos chineses a 100%, para ‘proteger’ empresas dos EUA; entenda
O governo do atual presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, anunciou nesta terça-feira (14) novos impostos para produtos importados da China. Entre os produtos, estão veículos elétricos, baterias de lítio e semicondutores.
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Entre as mudanças, estão:
- alíquota de imposto passará de 25% para 100% para veículos elétricos chineses;
- os impostos para semicondutores passarão de 25% para 50%;
- para baterias de íons de lítio, a taxação passará para 25%, saindo dos atuais 7,5%;
- já para painéis solares, o imposto de importação sobre células solares chinesas também irá aumentar de 25% para 50%.
Segundo comunicado da Casa Branca, “essa medida promove a visão do presidente Biden de garantir que o futuro da indústria automobilística seja feito nos Estados Unidos por trabalhadores norte-americanos”.
China está insatisfeita com situação
O governo Biden entende que as exportações chinesas de carros elétricos, que aumentaram 70% entre 2022 e 2023, ocorreram com amplos subsídios da China e sob práticas não mercantis, que levam a riscos substanciais de excesso de capacidade. O objetivo da gestão norte-americana é pressionar o gigante asiático a “eliminar suas práticas comerciais desleais em matéria de transferência de tecnologia, propriedade intelectual e inovação”.
Em resposta, o Ministério do Comércio da China afirmou que o país está insatisfeito com a decisão e que tomará medidas para defender seus interesses.
A medida irá afetar US$ 18 bilhões em importações da China e faz parte de um pacote de investimentos dos Estados Unidos, que inclui o “Pacote Bipartidário de Infraestrutura”, a “Lei dos Chips e da Ciência” e a “Lei de Redução da Inflação”.
“Com o apoio do Pacote Bipartidário de Infraestrutura, da Lei dos CHIPS e da Ciência e da Lei de Redução da Inflação, os investimentos estão criando novos empregos na indústria americana e de energia limpa e ajudando comunidades que foram deixadas para trás a regressar”, afirma a Casa Branca.
Os veículos elétricos chineses ocupam papel de destaque no setor, com a BYD, que tem a previsão de instalar sua primeira fábrica no Brasil, sendo um nome de destaque entre seus concorrentes.