Biden e G7 miram no comércio russo na mais recente retaliação à guerra na Ucrânia
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, lançou um novo ataque à economia da Rússia nesta sexta-feira em razão da invasão da Ucrânia, juntando-se a aliados para atingir Moscou por meio do comércio e fechar fundos de desenvolvimento, além de anunciar a proibição de importações de frutos do mar, vodka e diamantes russos.
Biden, em embate com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que as medidas, coletivamente, darão “outro golpe esmagador” na economia russa, já sobrecarregada por sanções globais que destruíram o valor do rublo e forçaram o mercado de ações local a fechar.
Junto com outros líderes do G7, Biden pediu a revogação do status comercial de “Nação mais Favorecida” dado à Rússia, o que permitiria que os países do Grupo aumentassem tarifas e estabelecessem cotas para os produtos russos.
O Congresso dos EUA precisaria aprovar uma legislação para revogar o status comercial, e parlamentares recentemente têm se movido nessa direção.
“Continuamos decididos a isolar ainda mais a Rússia de nossas economias e do sistema financeiro internacional”, disse o G7 em comunicado.
O comércio representou cerca de 46% da economia da Rússia em 2020, grande parte desse total ligada às exportações de energia das quais os países europeus dependem para aquecimento e eletricidade, o que deixa claro o quanto essas decisões afetarão Moscou profundamente.
As medidas já causaram o colapso da economia local, e o FMI agora prevê que o país mergulhará em uma “profunda recessão” este ano.
Na quinta-feira, Moscou proibiu a exportação de equipamentos médicos, automotivos, agrícolas, elétricos, tecnológicos e de telecomunicações, bem como alguns produtos florestais, em retaliação.