Internacional

Biden chamará Trump de ameaça à democracia em aniversário de ataque ao Capitólio dos EUA

06 jan 2022, 9:55 - atualizado em 06 jan 2022, 9:55
Joe Biden
Biden irá abordar a questão em um pronunciamento no Capitólio, como é chamado o prédio do Parlamento dos EUA (Imagem: REUTERS/Joshua Roberts)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acusará nesta quinta-feira seu antecessor, Donald Trump, de representar uma ameaça contínua à democracia no aniversário do violento ataque ao prédio do Congresso dos EUA por seguidores de Trump, que tentavam reverter sua derrota eleitoral.

As janelas, que foram quebradas quando milhares de vândalos e agitadores invadiram o edifício no dia 6 de janeiro de 2021, foram consertadas, os parlamentares e funcionários que correram por suas vidas voltaram ao trabalho e os quilômetros de cercas de proteção foram retirados.

Mas Biden, seus colegas democratas, e alguns dos colegas republicanos do ex-presidente alertam que o prejuízo causado por Trump antes da invasão –em um discurso enfurecido no qual ele afirmou falsamente que sua derrota era resultado de fraude generalizada– continua.

De acordo com uma pesquisa Reuters/Ipsos, cerca de 55% dos eleitores republicanos acreditam na afirmação falsa de Trump, rejeitada por dezenas de tribunais, departamentos eleitorais estaduais e membros do próprio governo chefiado por ele.

Biden irá abordar a questão em um pronunciamento no Capitólio, como é chamado o prédio do Parlamento dos EUA.

“Vamos ser um país que permite que autoridades eleitorais partidárias possam reverter o desejo expressado legalmente pelo povo? Seremos um país que não vive à luz da verdade, mas nas sombras de mentiras?”, dirá Biden, de acordo com trechos de seus discurso publicados pela Casa Branca. “Não podemos nos permitir ser esse tipo de país. O caminho para frente é reconhecer a verdade e viver ao lado dela.”

O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, afirmou na quarta-feira que embora o edifício do Capitólio seja mais fortificado hoje do que um ano atrás, a democracia continua vulnerável.

“A insurreição não será uma aberração. Ela pode bem se tornar a norma”, a não ser que o Congresso aborde “as causas raízes” do 6 de janeiro através de reformas eleitorais, afirmou o democrata.

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