Beyoncé, Gustavo Lima e Só Pra Contrariar: Investimento em royalties musicais são uma alternativa em tempos de incerteza
Justin Bieber, Beyoncé, Maiara & Maraisa, Gustavo Lima… parece line-up de festival, mas esta é uma parte da lista de artistas que investidores pessoa física podem lucrar no mercado financeiro. Do pop internacional à música tema do Fantástico, a plataforma de ativos alternativos, Hurst Capital, possui portfólios diversos para rentabilizar com diversos tipos de produção artística.
Com um olhar (e ouvido) apurado, a originadora de ativos culturais e braço da Hurst, a MUV Capital securitiza royalties musicais, filmes e shows para disponibilizar como um produto de investimento, incentivando assim o mercado criativo e gerando produtos diferenciados para o mercado.
Em entrevista ao programa Money Minds, no canal do YouTube do Money Times, Ana Gabriela Mathias, COO da MUV Capital, conta que a aquisição de catálogos envolve uma análise detalhada tanto do mercado fonográfico, quanto do valor das obras, da relevância cultural e do potencial de receita futura dos ativos.
Além da performance do artista, a diretora de operações avalia que há outros elementos considerados no momento da escolha das obras que integrarão o portfólio da operação. O “fator nostalgia”, por exemplo, tem um grande peso uma vez que isso faz com que uma canção, um grupo ou um artista volte aos holofotes e alavanque os royalties musicais.
Com isso, em sua última operação lançada, e ainda disponível, a plataforma disponibilizou as canções da banda Só Pra Contrariar, pioneira no pagode romântico no Brasil. O produto tem prazo de duração de 36 meses, com projeção de rentabilidade de 17,26% ao ano no cenário base.
Os produtos disponibilizados para os investidores são normalmente emissões de Certificados de Recebíveis (CRs) lastreados nos direitos creditórios adquiridos pela emissora, decorrentes dos recebíveis da execução pública e distribuição digital das obras musicais dos compositores.
O mercado fonográfico, segundo Mathias, apresenta a vantagem por ser um setor resiliente em tempos de incerteza política e econômica, e o pagamento de royalties é garantido sempre que as músicas do catálogo são executadas, oferecendo uma renda passiva mensal para os investidores. Ela lembra ainda que durante a pandemia, esse mercado não sofreu tanto impacto. “Claro que durante esse período não tivemos as receitas dos shows, mas foram compensados pelas demais plataformas”, explica.
Apesar de um mercado sustentável, a executiva não deixa de mencionar que ativos deste tipo possuem riscos. Ela entende que investir em royalties musicais ou em outros tipos de produtos considerados alternativos devem ser bem avaliados e devem ser feitos como uma forma de complemento aos tradicionais. Ela destaca ainda que o investimento mínimo é de R$ 10 mil.
Os produtos financeiros alternativos contam ainda com produções audiovisuais, obras de arte, ativos judiciais e diversas outras opções.
Confira a entrevista completa com a Ana Gabriela Mathias, COO da MUV Capital, no YouTube.