Berlusconi pede que Putin assuma responsabilidade por invasão à Ucrânia e se diz “decepcionado”
Ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi disse neste sábado (9) que está profundamente decepcionado e entristecido com o comportamento do presidente russo, Vladimir Putin.
O magnata italiano, que durante anos teve uma relação de amizade próxima com o líder russo, disse que Putin tinha que assumir total responsabilidade diante do mundo pela invasão à Ucrânia.
“Eu o conheci 20 anos atrás e ele sempre me pareceu ser um homem de democracia e paz…que pena”, disse Berlusconi, em discurso a uma convenção do seu partido conservador Forza Italia, em Roma.
Os comentários marcaram a primeira vez que Berlusconi falou em público sobre Putin desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro.
Berlusconi, que em 2015 chamou Putin de “sem dúvida o número um entre líderes mundiais”, já descreveu o líder russo, 69, como um irmão mais novo.
Os dois trocaram visitas na Rússia e na Itália e foram fotografados no passado dando risadas durante visitas oficiais.
Berlusconi, 65, foi primeiro-ministro da Itália durante vários períodos: 1994-95, 2001-2006 e 2008-2011.
“O ataque à Ucrânia, em vez de levar a Rússia à Europa, a jogou nos braços da China…que pena, que pena”, disse.
Doadores prometem 9,1 bilhões de euros em apoio a Ucrânia
Doadores, incluindo o governo do Canadá e a Comissão Europeia, prometeram neste sábado (9) 9,1 bilhões de euros em apoio aos refugiados da Ucrânia em um evento de arrecadação de recursos realizado na Polônia.
O evento de angariação de fundos em Varsóvia levantou 1,8 bilhão de euros em apoio aos deslocados internos na Ucrânia, e 7,3 bilhões para refugiados que fugiram do país para Estados vizinhos.
Governos, empresas e indivíduos juntos se comprometeram com 4,1 bilhões de euros em doações, que serão distribuídas em grande parte através das autoridades ucranianas ou das Nações Unidas.
Os restantes 5 bilhões de euros correspondem a empréstimos e subvenções de instituições financeiras da UE, incluindo um programa de 4 bilhões de euros voltado a fornecimento de moradia, educação e saúde para refugiados que chegam aos países do bloco.