Bens de capital: Metal Leve teria maior baque do setor com escassez de produtos de aço, avalia Ágora
O ritmo de recuperação industrial brasileira corre o risco de ser prejudicado pela escassez de produtos siderúrgicos, disse a Ágora Investimentos. O problema foi discutido durante a reunião realizada na última quarta-feira (7) entre entidades das indústrias de veículos e bens de capital, como a Associação Brasileira das Montadoras (Anfavea) e a Associação Brasileira de Bens de Capital (Abimaq).
No evento, a Anfavea reduziu as estimativas de perda para o ano. Agora, a associação projeta quedas de 35% na produção, 31% em vendas e 34% nas exportações. Os números refletem a expectativa de melhora no setor em relação a julho, mas a contração é nítida comparada a janeiro, quando a entidade apostava em crescimento de vendas de 9,4%.
“Não podemos carimbar que esses números vão acontecer. Temos momento complicado no país, como debate sobre o teto fiscal e instabilidade política”, ressaltou Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea.
Na avaliação da Ágora, mesmo que a escassez de aço afetasse todas as ações do setor, a Mahle Metal Leve (LEVE3) sentiria o maior impacto, já que sua dependência em relação à produção local é muito grande.
Por ora, a Ágora decidiu seguir com a recomendação de venda do papel, com preço-alvo de R$ 15.