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Bens de capital: analistas apontam Randon como destaque positivo dos resultados do 4º trimestre

03 fev 2021, 18:09 - atualizado em 03 fev 2021, 18:09
Randon
A Ágora projeta um crescimento de 59% no Ebitda da Randon no quarto trimestre de 2020, além de uma alta de 30% na receita líquida e de 140% no lucro líquido (Imagem: LinkedIn/Empresas Randon)

A equipe de análise da Ágora Investimentos apostam que a Randon (RAPT4) será o destaque positivo da indústria de bens de capital na temporada de resultados do quarto trimestre de 2020. Para a corretora, a companhia vai apresentar um crescimento anual de 59% no Ebitda, 30% na receita líquida e 140% no lucro líquido por conta da forte demanda e da consolidação da Nakata.

“A sólida expansão de receita anual e trimestral é explicada pela suspensão das férias coletivas usuais do ano passado durante a temporada de férias de Natal, já que o mercado de reboques mostrou forte demanda. A receita líquida de vendas também deve ter se beneficiado da consolidação da Nakata”, disse a Ágora.

No geral, a equipe de análise da Ágora Investimentos acredita que o setor vai se beneficiar da recuperação dos volumes. Por outro lado, a alta dos preços das matérias-primas podem pressionar as margens.

A Randon, que é o principal nome da temporada para os analistas, deve ver uma redução de 2,6 pontos percentuais nas margens por conta do aumento dos preços dos insumos.

A WEG (WEGE3) será a primeira empresa da indústria a divulgar seus resultados. A Ágora prevê avanço da receita líquida, do Ebitda e do lucro líquido (de 39%, 51% e 44% na comparação ano a ano, respectivamente). A margem Ebitda ajustada deve permanecer estável.

A receita líquida da Tupy (TUPY3) deve atingir R$ 1,3 bilhão. O lucro líquido crescerá 3%, para R$ 74 milhões. Já o Ebitda vai cair 6%, fechando em R$ 182 milhões. A pressão sobre os custos das matérias-primas pode levar a uma margem Ebitda menor em comparação ao terceiro trimestre, mas o indicador ficará 0,5 ponto percentual acima da média histórica.

Iochpe-Maxion (MYPK3) provavelmente verá a receita líquida subir. Por outro lado, o Ebitda deve vir 10% menor em relação ao quarto trimestre de 2019. De acordo com as estimativas da corretora, a empresa mostrará prejuízo líquido de R$ 24 milhões.

Marcopolo
Os volumes da Marcopolo devem cair de 10% a 15% no quarto trimestre de 2020, principalmente o segmento de rodoviários, disse a Ágora (Imagem: Youtube/Marcopolo)

A receita líquida e o Ebitda da Marcopolo (POMO4) devem apresentar recuo, enquanto o lucro líquido terá alta anual de 3%. Os volumes provavelmente vão cair de 10% a 15%, com destaque para o segmento de rodoviários. No entanto, a margem Ebitda deve atingir 7%, sustentada pelos volumes de exportação e pelas entregas ao programa Caminho da Escola.

A Ágora lembrou ainda que a Marcopolo vai se beneficiar de um ganho não recorrente de R$ 25 milhões, montante proveniente da venda das operações na Índia.

Por fim, a Mahle Metal Leve (LEVE3) deve mostrar receita líquida de R$ 711 milhões, Ebitda de R$ 102 milhões e lucro líquido de R$ 49 milhões. Iniciativas de corte de custos provavelmente contribuirão para uma expansão anual da margem Ebitda.

A Ágora tem recomendação de compra para Randon, Tupy e Iochpe-Maxion, com preços-alvo de, respectivamente, R$ 17, R$ 35 e R$ 20. WEG recebeu recomendação neutra da corretora e preço-alvo de R$ 73. Quanto a Marcopolo e Metal Leve, os analistas indicam a venda das ações, com preços-alvo de R$ 2,50 e R$ 15.

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