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BEEF3, JBSS3, BRFS3 e MRFG3: Safra projeta 3T24 forte para frigoríficos e mantém preferência para uma ação

02 nov 2024, 11:10 - atualizado em 02 nov 2024, 11:14
frigoríficos jbs jbss3
A expectativa fica para com bons resultados para aves e suínos em todo o mundo; veja a visão do banco para os frigoríficos (iStock.com/Dragos Cojocari)

O Banco Safra acredita em um terceiro trimestre sólido para os frigoríficos pela demanda robusta de carne e custos favoráveis na maioria das regiões.

A JBS (JBSS3) segue como a top pick (ação favorita) sendo nossa melhor escolha devido à sua diversificação, histórico de execução, geração de caixa e impulso favorável dos lucros consolidados

A instituição espera uma continuação da tendência recente para frigoríficos, como foi visto no 2T24, com bons resultados para aves e suínos em todo o mundo, enquanto carne bovina deve ter um bom desempenho na América do Sul e na Austrália e um fraco nos EUA devido às tendências divergentes do ciclo do gado.

“Com a melhoria dos custos de insumos dos frigoríficos (exceto gado nos EUA) e uma oferta-demanda bem equilibrada por carne, o ambiente permaneceu bastante positivo para as empresas de embalagem de carnes no 3T24 e deve impulsionar um crescimento robusto dos lucros operacionais. Esperamos que a BRF (BRFS3) e a JBS (JBSS3) sejam os destaques entre as empresas de embalagem de carne, seguidas pela Minerva (BEEF3) e pela Marfrig (MRFG3)“, aponta Ricardo Boiati.

Frigoríficos no 3T24

Minerva

A Minerva deve entregar um resultado sólido no 3T24, impulsionado por volumes fortes na maioria das regiões, já que o Brasil deve continuar sendo o destaque com uma melhoria de volume no comparativo trimestral, dados de mercado indicativos de fortes abates de gado e volumes de exportação.

“Enquanto isso, os preços médios devem permanecer praticamente inalterados t/t, o que deve levar a um sólido crescimento de 14% no ano, atingindo R$ 8,085 bilhões. No 3T24, os dados de mercado mostram preços do gado ainda caindo a/a (t/t estável), principalmente impulsionado pela oferta favorável. Como resultado, esperamos um Ebitda ajustado de R$ 794 milhões (+15% a/a) e uma margem de Ebitda ajustado de 9,8%”, explica.

JBS

Na JBS, os ventos favoráveis, devido aos preços mais baixos dos grãos, devem continuar a impulsionar resultados operacionais
sólidos, beneficiando aves e suínos.

“As outras unidades de negócios devem continuar a impulsionar as margens consolidadas para cima a/a, como vemos um equilíbrio favorável entre oferta e demanda para carne, e JBS ainda deve se beneficiar de custos de insumos mais baixos”.

O banco espera que a JBS Bovinos América do Norte publique uma margem de Ebitda ajustado de 0,5% (-123 bps no ano). Na Austrália, a oferta de gado permanece favorável (como no Brasil), o que deve beneficiar JBS Australia e JBS Brasil, com um sólido crescimento de receita a/a e margens favoráveis de 10,5% (+186bps a/a) e 8,0% (+465bps a/a), respectivamente.

“A USA Pork deve continuar a entregar margens robustas neste trimestre, já que esperamos margens de Ebitda ajustado de 10,5% (+18bps a/a). A Pilgrim’s Pride já apresentou resultados de lucro sólidos no 3T24. Além disso, a Seara deve ser o destaque, pois também se beneficia de coberturas favoráveis de carne de porco e aves, levando a uma margem de Ebitda ajustado de 17,5% (+1,195bps a/a). Como resultado, o Ebitda consolidado deve chegar a R$ 9,538 bilhões (+76% a/a) com margem de 9% (+306bps a/a)”, comenta.

BRF

Os spreads sólidos devem continuar a impulsionar margens fortes neste trimestre para BRF, enquanto o Safra espera que a BRF reporte outro conjunto positivo de resultados neste trimestre, devido principalmente aos fundamentos favoráveis do mercado, que devem impulsionar as margens.

“Apesar dos recentes aumentos de preço para grãos, os custos de insumos ainda devem ser favoráveis para a BRF devido à rotatividade de estoques e ganhos adicionais de eficiência (BRF+ 2.0). Enquanto isso, os dados do mercado continuam a melhorar em relação ao ano anterior e ao trimestre anterior, devido a um equilíbrio favorável entre oferta e demanda de carne”.

“Além disso, a demanda internacional (principalmente do Oriente Médio e países asiáticos) ainda deve impulsionar um
desempenho sólido em volume, melhorando 5% no ano. Como resultado, esperamos que a receita líquida atinja R$ 15,264 bilhões
(+11% a/a), com um Ebitda ajustado de R$ 2,679 bilhões (+115% a/a) e uma margem de 17,5% (+883bps a/a)”.

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