Bear Market: Ibovespa aponta queda de quase 10% após derrocada do petróleo
Esta segunda-feira (9) tem tudo para ser histórica para os mercados financeiros, sem exceção. Após uma derrocada de 30% nos preços do petróleo no domingo (8), como resultado de uma disputa entre a Arábia Saudita e a Rússia, todos os ativos globais estão em forte estresse.
Há instantes (9h27), o Ibovespa (IBOV) derretia quase 10%, a 88.700 pontos. Este movimento acompanha as baixas de 5% vistas nos mercados futuros de Wall Street. O petróleo Brent e WTI caíam 22%, negociados a US$ 35,34 e US$ 32,23, respectivamente.
O petróleo pode cair para até US$ 20 o barril e testar os níveis em que alguns produtores podem operar, escreveram os analistas do Goldman Sachs.
O dólar avançava 2,92%, a 4,7686 reais na venda, e chegou a tocar a máxima recorde de 4,7931 logo após a abertura. Enquanto isso, o dólar futuro saltava 3,5%, a 4,796 reais.
O índice europeu FTSEEurofirst 300 caía 6,38%, a 1.341 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdia 6,32%, a 344 pontos,
O minério de ferro na bolsa de Dalian chegou a cair 5,8%, mas fechou com perdas de 2,7%, a 640 iuanes (92,13 dólares) por tonelada.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 3,42%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 3,01%.
Em Tóquio, o índice Nikkei recuou 5,07%, a 19.698 pontos. A economia do Japão encolheu a uma taxa anualizada de 7,1% nos três meses até dezembro, de acordo com dados revisados divulgados nesta segunda-feira.
Agro
Ao choque de recuo do petróleo, segue-se um dia de sangue na soja, milho, trigo, café, algodão e açúcar nos mercados referenciados de Chicago (CBOT) e Nova York (ICE Futures).
Impressiona o tombo da soja, principalmente, apesar do aumento das compras chinesas. Ao redor de 9h30 o contrato de maio derrete mais de 17 pontos, a US$ 8,73.
O açúcar também sofre forte pressão, já que por fundamento a cana seria desviada para a produção de commodity e menos para o etanol, cujo poder de competitividade é colocado em xeque diante da gasolina em viés de baixa. O vencimento maio está chegando nos 12 centavos de dólar por libra-peso, em esvaziamento de praticamente 5%, e deixando bem para trás os 15 c/lp que se referenciava.
Empresas
A Hypera (HYPE3) teve queda de 22,9% no lucro líquido do quarto trimestre de 2019 ante o mesmo período do ano anterior, com o valor atingindo R$ 238,8 milhões. Os dados reportados na última sexta-feira (6) também mostraram que o volume da base anualizada se manteve em R$ 1,1 bilhão, em linha com o guidance estipulado pela companhia.
A Hypera anunciou a expectativa de obter, em 2020, uma receita líquida entre R$ 4,25 bilhões e R$ 4,35 bilhões, além de um lucro líquido de aproximadamente R$ 1,27 bilhão.
A Ambev (ABEV3) planeja investir 2 bilhões de reais na abertura de novas fábricas no Brasil, onde enfrenta uma concorrência mais forte à medida que a Heineken se expande agressivamente.
A Oi (OIBR3;OIBR4) obteve um sinal verde para avançar com o seu pedido de prorrogamento de sua recuperação judicial. A 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro decidiu aceitar o pedido da empresa para a realização de nova Assembleia Geral de Credores sobre o assunto, mostra um comunicado enviado pela empresa ao mercado nesta segunda-feira (9).
A Log-In (LOGN3) informou ao mercado que sua subsidiária, a Log-In International GmbH, sediada na Áustria, adquiriu uma nova embarcação porta-contêiner. De acordo com o documento, a compra foi realizada na empresa Lomar Shipping e teve o custo de US$ 13,1 milhões.
A Totvs (TOTS3) anunciou na última sexta-feira (6) a aprovação do seu programa de recompra de ações de 3 milhões de ações.