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Be8 investe R$ 80 milhões em novo biocombustível para motores a diesel

02 out 2023, 18:21 - atualizado em 02 out 2023, 18:21
be8 diesel
O biocombustível terá um custo 50% menor ao praticado para o diesel verde e reduz pela metade emissões de monóxido de carbono (Imagem: REUTERS/Marcos Brindicci)

Be8, líder nacional em biodiesel, anunciou nesta segunda (2) o Be8 BeVant, um biocombustível (metil éster bidestilado) resultado de um processo que gera ganhos de qualidade e de desempenho, e que permite que o produto seja adicionado 100% ou misturado ao óleo diesel, antecipando vários dos benefícios do diesel verde em condições comerciais mais competitivas.

“Essa grande inovação é fruto da experiência que conquistamos em mais de 18 anos de atuação e, claro, com nossos investimentos na Europa (onde a empresa opera uma fábrica de biodiesel na Suíça) e os conhecimentos adquiridos nos Estados Unidos e na fase de estudos do projeto de biocombustíveis avançados”, diz Erasmo Carlos Battistella, presidente da Be8.

A empresa vai investir R$ 80 milhões considerando a pesquisa, desenvolvimento e a ampliação de uma linha de produção na unidade existente em Passo Fundo (RS) com capacidade de 150 milhões de litros/ano.

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A previsão de início da produção é de 12 meses e pode ter a capacidade ampliada rapidamente para a unidade de Marialva (PR), de acordo com a empresa. “Não descartamos estabelecer também licenças de produção para que o Be8 BeVant possa atender toda a demanda que surgir”, explicou Battistella.

Além disso, o produto será ofertado a um custo estimado de cerca de 50% inferior ao praticado hoje no mercado internacional para o Diesel Verde (HVO).

Oportunidade de descarbonização

O biocombustível é ideal para empresas consumidoras de grandes volumes de óleo diesel tradicional e que tem o compromisso de reduzir suas emissões no curto prazo.

O produto poderá abastecer equipamentos geradores de energia e a linha de máquinas pesadas para processos nas áreas de construção civil, agronegócio e terraplanagem.

A empresa atuará para atender também as demandas dos setores de logística para produção de minérios, de transportes coletivo e de cargas nos modais rodoviário, marítimo e ferroviário.

O produto chega no mercado justamente quando muitas empresas buscam meios para atender os compromissos de Sustentabilidade/ESG para reduzir ou zerar a emissão de gases do efeito estufa.

Os biocombustíveis são o caminho mais efetivo para a descarbonização da frota circulante no Brasil hoje, considerando que, segundo a Anfavea, 99,55% dos caminhões com três anos são movidos a diesel, e não chega a 1.500 as unidades movidas a eletricidade ou a gás.

“Estamos falando de uma solução imediata, que não depende de investimento em infraestrutura ou troca de motor comparado com outras rotas tecnológicas como hidrogênio, biometano e veículo elétrico, com alto impacto para a despoluição dos grandes centros urbanos no curto prazo”, destaca Battistella.

Com maior teor de éster, o biocombustível reduz até 50% as emissões de CO (monóxido de carbono), até 85% a emissão de materiais particulados e em até 90% de fumaça preta.

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