BDRs são carta na manga dos investidores para driblar Ibovespa
Não é nenhum segredo que desde o ano passado, os investidores brasileiros pessoa física ganharam acesso aos BDRs (Brazilian Depositary Receipts), que na prática são certificados negociados na Bolsa brasileira que representam ações emitidas por empresas em outros países.
O pulo do gato neste momento, que fez muitos investidores recorrerem aos BDRs, é o ganho com a diversificação na carteira de investimentos, à medida que o Ibovespa (IBOV), principal índice do mercado acionário brasileiro, chegou a zerar a alta no acumulado de 2021.
A Genial Investimentos destaca, em relatório obtido pelo Money Times, que nos últimos 12 meses, aproveitando dessa alternativa, o investidor local buscou por maiores alocações e/ou negociações de empresas ligadas ao E-commerce, Tecnologia, Saúde e Meios de Pagamento.
“Os BDRs da Tesla (TSLA34), empresa do bilionário Elon Musk, foram mais negociados nesse período, com um volume médio diário próximo dos R$ 49 milhões, o que representa quase 19% do volume financeiro médio da negociação de BDRs aqui na B3 (B3SA3), dona da Bolsa brasileira”, pontua o analista Filipe Villegas.
Em 2021, até o dia 23 de agosto, o BDR da Tesla apresentava uma alta de 5,25% contra o índice de BDRs que no mesmo período acumula uma alta 22,35% e o Ibovespa que apresenta uma queda de -1,30%.
Na avaliação da Genial, tanto a derrocada recente do Ibovespa quanto do índice de Small Caps se dá pelo ambiente mais desafiador no Brasil, encabeçado pelo descompasso político em Brasília.
Entre os BDRs mais negociados, a corretora dá ênfase à forte presença de empresas ligadas ao setor de tecnologia, que vem sendo uma das principais apostas dos investidores nos últimos anos.
Apple (AAPL34), Alphabet (GOGL34), Microsoft (MSFT34) e Facebook (FBOK34) aparecem no ranking TOP 10.
“Entre os BDRs mais negociados pelo investidor na B3, o retorno médio em 2021 está acumulado em +22,57%. Ou seja, se o investidor tivesse montando uma carteira com os 10 BDRs mais negociados pelo mercado, estaria com uma alta bem superior ao Ibovespa”, justifica Villegas
A dica para o investidor de longo prazo, mais do que uma proteção ao seu património, é buscar por algo que também apresente a possibilidade de geração de valor no longo prazo através de ETFs ou BDRs de ativos globais.
Falando em ETFs, eles estão mais acessíveis do que nunca. Confira a nova ferramenta lançada pela B3 para aprofundar o conhecimento dos investidores em fundos de índices.
Entrevista: para onde vai o Ibovespa?
