BDRs: BTG aposta na Coca-Cola como ação defensiva em carteira para novembro
A Coca-Cola (COCA34) é a grande novidade da carteira recomendada de BDRs (Brazilian Depositary Receipts, certificados emitidos no Brasil que possuem como lastro ações emitidas no exterior) do BTG Pactual (BPAC11).
O banco incluiu o papel nas sugestões para novembro, argumentando que a empresa está inserida em um setor mais defensivo diante do aumento da inflação no cenário global — que tem reflexo no custo de matérias-primas.
“A capacidade de repassar aumentos de custos é facilitada pela essencialidade dos seus produtos e serviços e pelo forte apelo das marcas aos consumidores”, comentou o BTG.
Além disso, o banco lembra que a empresa divulgou resultados que surpreenderam positivamente o mercado, computando lucro de US$ 2,47 bilhões no terceiro trimestre — alta de 42% em relação ao mesmo período do ano passado.
O volume de bebidas vendido veio acima dos níveis de 2019, período pré-pandemia. Isso levou a um crescimento anual de 16% na receita, para US$ 10 bilhões.
A Coca-Cola espera que o lucro por ação (LPA) cresça entre 15% e 17% em 2021 ante 2020. A expectativa anterior era de 13% a 15% de crescimento.
Para permitir a entrada da Coca-Cola, o BTG retirou a Micron Technology (MUTC34) do portfólio devido à “baixa visibilidade no setor de semicondutores” e reduziu o peso da Apple (AAPL34) de 15% para 10%.
Os resultados da Apple foram afetados pelas dificuldades na cadeia de suprimentos. O banco acredita que essa situação deve persistir nos próximos meses.
Apesar do curto prazo pressionado, a empresa segue na carteira devido aos fortes fundamentos e ao elevado retorno proporcionado aos acionistas por meio de dividendos e recompras de ações.
Empresa | Ticker | Peso |
---|---|---|
Apple | AAPL34 | 10% |
Chevron | CHVX34 | 10% |
Coca-Cola | COCA34 | 10% |
Disney | DISB34 | 10% |
FBOK34 | 10% | |
JPMorgan | JPMC34 | 10% |
McDonald’s | MCDC34 | 10% |
Netflix | NFLX34 | 10% |
Starbucks | SBUB34 | 10% |
Uber | U1BE34 | 10% |
A carteira de BDRs registrou valorização de 6,2% em outubro, enquanto o BDRX, índice que mede o desempenho de BDRs não patrocinados na B3 (B3SA3), teve rentabilidade de 11,2%. O Ibovespa, por sua vez, caiu 6,7%.