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BDMG capta US$ 100 milhões com CAF para empréstimos a pequenas empresas

18 dez 2020, 12:31 - atualizado em 18 dez 2020, 12:31
BDMG Banco de Minas Gerais
O BDMG prevê atrelar as operações ao Pronampe, o programa federal de crédito para micro e pequenas empresas com receita de até R$ 300 milhões (Imagem: Divulgação/BDMG)

O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) anunciou nesta sexta-feira que captou 100 milhões de dólares com o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) para empréstimos a pequenas e médias empresas mineiras.

Segundo presidente do BDMG, Sergio Gusmão Suchodolski, a linha com prazo de até seis anos vai ajudar a aliviar os impactos econômicos da pandemia da Covid-19.

Os empréstimos terão valor unitário a partir de 5 mil reais e serão destinados a empresas pequenas com faturamento anual de até 4,8 milhões, ou de 300 milhões de reais, no caso das de médio porte.

Jaime Holguín, representante do CAF no Brasil, diz que acordo faz parte da atuação anticíclica do banco de fomento para mitigar os efeitos da pandemia. A instituição também tem parcerias com outros bancos regionais de desenvolvimento no país, incluindo o Banco do Nordeste (BNB) e o DesenvolveSP.

“Estamos discutindo parcerias com mais três bancos regionais do país”, disse Holguín.

O BDMG prevê atrelar as operações ao Pronampe, programa federal de crédito para micro e pequenas empresas com receita de até 300 milhões de reais e que tem garantia do Fundo de Garantia de Operações (FGO), e no Peac, que com recursos do BNDES é voltado aos negócios com faturamento anual de até 4,8 milhões.

O BDMG estima que o novo desembolso tem potencial para gerar 5 mil empregos e um impacto adicional na cadeia produtiva de 345 milhões de reais.

Segundo Suchodolski, a distribuição dos recursos tende a ser feita predominante por meios eletrônicos.

“As contratações já vêm sendo feitas 98% dos casos por plataforma digital”, disse ele.

O BDMG afirma já ter desembolsado em 2020 até esta semana 2,7 bilhões de reais a empresas mineiras de diferentes tamanhos, já mais do que o dobro dos volumes totais emprestados em 2019.