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BCE vai discutir nova orientação após mudança em meta de inflação, diz vice-presidente

12 jul 2021, 9:37 - atualizado em 12 jul 2021, 9:37
“Na semana que vem discutiremos uma nova orientação futura que inclua a nova definição de estabilidade de preços”, disse o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos (Imagem: Andersen/Pool via REUTERS)

As autoridades do Banco Central Europeu vão discutir em reunião na semana que vem mudança da orientação futura que dão sobre a direção da política monetária, após a mudança do BCE para uma meta de inflação mais simétrica de 2%.

“Na semana que vem discutiremos uma nova orientação futura que inclua a nova definição de estabilidade de preços”, disse o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, nesta segunda-feira, em um evento organizado pelo instituto de pesquisa OMFIF, com sede em Londres.

“A formulação da orientação futura deve ser modificada para incluir a nova definição de estabilidade de preços.”

A tão aguardada revisão de estratégia do BCE, anunciada na semana passada, incluiu ajuste da meta de inflação da autoridade monetária para 2% no médio prazo, ante objetivo anterior “abaixo, mas perto de 2%”.

A orientação atual do BCE diz que o banco injetará estímulos por meio da compra de títulos pelo tempo que for necessário e manterá as taxas de juros em suas mínimas recordes atuais, abaixo de zero, até que veja a perspectiva de inflação “convergir de forma robusta” para sua meta.

De Guindos disse que embora a economia dos 19 países da zona do euro esteja atualmente em modo de recuperação, a situação permanece “frágil” devido à pandemia de coronavírus, acrescentando que alguns membros, como a Espanha, não estão indo tão bem quanto a Alemanha.

“Precisamos manter condições de financiamento favoráveis”, disse o ex-ministro da Economia espanhol. “A retirada dos estímulos fiscais e monetários tem que ser muito prudente, muito gradual e não deve ser prematura.”