BCE tem que monitorar alta nas expectativas de inflação, diz de Guindos
O Banco Central Europeu precisa ficar de olho no recente aumento das expectativas de inflação para acima de sua meta de 2%, embora o crescimento salarial, um requisito fundamental para uma inflação duradoura, ainda esteja tímido, disse o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, nesta quinta-feira.
A alta dos preços acelerou para 7,4% no mês passado e, embora seja esperado um rápido recuo no segundo semestre deste ano, há preocupações crescentes de que alguma inflação permaneça além da crise atual, continuando acima de 2% nos próximos anos.
“As expectativas de inflação têm aumentado nos últimos meses e os sinais iniciais de revisões acima da meta nessas medidas justificam um monitoramento próximo”, disse de Guindos a um comitê do Parlamento Europeu.
No entanto, disse ele, não há sinais de que o alto crescimento dos preços ao consumidor esteja se infiltrando na dinâmica de fixação de salários, um sinal potencialmente preocupante que sugeriria inflação persistente.
Com o crescimento dos preços provavelmente permanecendo acentuado por mais tempo, o BCE continuará a “normalizar” a política monetária, primeiro encerrando as compras de títulos, depois considerando aumentos de juros, disse de Guindos, repetindo a orientação atual do BCE.
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