Europa

BCE tem 5 trilhões de euros no balanço, e membros defendem corte para baixar inflação

15 out 2022, 13:33 - atualizado em 15 out 2022, 13:33
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Estratégia: BCE não deve limitar política monetária aos aumentos de juros, se quiser derrubar a inflação (Imagem: Flickr/Banco Central Europeu)

Dois membros do Banco Central Europeu (BCE) defenderam, neste sábado (15), um corte no balanço superdimensionado do banco, indicando que o próximo debate sobre política monetária será sobre como reduzir os mais de 5 trilhões de euros em títulos nas mãos do BCE.

O presidente do banco central alemão, Joachim Nagel, e o chefe do banco central holandês, Klaas Knot, disseram que o momento para este chamado aperto quantitativo está se aproximando, juntando-se a um grupo ainda pequeno, mas em crescimento, que defende a redução dos ativos.

“Uma vez que tenhamos alcançado território neutro com nossa taxa de juros, faz sentido considerar a redução das compras de ativos limitando os reinvestimentos”, disse Knot em um discurso em Washington. “Acredito que devemos nos mover gradualmente aqui.”

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Inflação de 10%: um grande problema para o BCE

A redução do balanço, parte de um esquema mais amplo de aperto da política monetária, é necessário uma vez que a inflação está em 10% e ficará acima da meta de 2% do BCE nos próximos anos.

Em 0,75%, a taxa de depósitos do BCE ainda está muito abaixo da maioria das estimativas de taxa neutra, que não estimula nem retarda o crescimento, mas altas em outubro e dezembro devem colocá-la perto de 2%, o limite superior das estimativas.

“Conforme a política monetária continua a se normalizar, precisaremos também analisar a redução dos ativos do Eurosistema, que totalizam quase 5 trilhões de euros“, disse Nagel num evento à parte.

Uma apresentação às autoridades monetárias neste mês forneceu um cronograma possível para a redução do balanço a partir do segundo trimestre, mas não houve uma decisão firme por parte do Conselho de 25 membros do governo, disseram fontes à Reuters.

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