BCE se aproxima de fim do ciclo de aperto monetário, mas falta trecho final, diz De Guindos
O Banco Central Europeu (BCE) já realizou a maior parte de seu aperto monetário para trazer a inflação de volta à sua meta de médio prazo de 2%, embora o ciclo ainda não tenha terminado, disse o vice-presidente do BCE, Luis de Guindos, nesta quinta-feira.
“Grande parte da jornada já foi feita, mas ainda falta o último trecho”, disse De Guindos à rádio espanhola RNE.
Pouco depois de seus comentários, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que a inflação na zona do euro continua muito alta e, portanto, é necessário um maior aperto na política monetária da instituição.
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O BCE elevou os juros no ritmo mais rápido já registrado no ano passado para conter a inflação alta, desacelerando tudo, desde o mercado imobiliário até as construções e os gastos do consumidor.
Muitas autoridades e investidores financeiros esperam outras duas altas de juros pelo BCE nos próximos meses, elevando a taxa de depósito para 3,75% até julho, mas ainda há duvida se serão necessárias outras medidas.
Embora Guindos não tenha elaborado sobre a magnitude exata ou o número de possíveis aumentos nos juros, ele sugeriu novas altas de 25 pontos-base.
“O tamanho dos aumentos dos juros e o número de aumentos dependerá dos dados que recebermos… No mês passado já eram 25 pontos-base, então 25, eu acho, é a nova norma”, disse ele.
De Guindos disse que dados recentes de inflação da Espanha, França, Itália e Alemanha são encorajadores e mostram que a inflação está caindo, embora a redução no núcleo da inflação seja mais lenta.