Internacional

BCE precisa de “intensa discussão” sobre política monetária, diz presidente do BC alemão

01 out 2019, 15:53 - atualizado em 01 out 2019, 15:53
BC alemão, Jens Weidmann
Weidmann lamentou a renúncia de Lautenschlaeger, dizendo que sua voz havia enriquecido o conselho do BCE (Imagem: REUTERS/Kim Kyung-Hoon)

O Banco Central Europeu (BCE) precisa de uma “discussão intensa” entre autoridades do banco sobre as principais decisões de política monetária para evitar armadilhas, como a de dar a impressão de que está financiando governos, disse o presidente do banco central alemão nesta terça-feira.

Jens Weidmann integrou a terça parte dos 25 membros da diretoria do BCE que no mês passado se opôs à decisão do banco de retomar um programa de compra de títulos de 2,6 trilhões de euros, projetado para aumentar a inflação na zona do euro.

Ele reafirmou sua oposição nesta terça-feira à flexibilização dos termos do programa de afrouxamento quantitativo para permitir que o BCE compre ainda mais dívidas dos governos.

“O fato de medidas de amplo alcance, como a compra de títulos de governos, levarem a uma intensa discussão não é apenas normal, mas imperativo em minha opinião”, disse Weidmann em uma audiência no banco central da Áustria.

A reação sem precedentes contra a retomada do afrouxamento quantitativo, apenas nove meses depois de o BCE encerrar o programa, fez alguns presidentes dos bancos centrais tomarem a iniciativa incomum de tornar pública sua oposição a uma decisão de política monetária do BCE. Isso culminou na renúncia na semana passada de Sabine Lautenschlaeger, membro da diretoria do BCE e também alemã e “hawk”.

Isso implica um fim fragmentado para o mandato de oito anos de Mario Draghi como presidente do BCE e ameaça complicar sua sucessão por Christine Lagarde em 1º de novembro. A última reunião de política monetária do BCE sob o comando de Draghi será em 24 de outubro.

Weidmann lamentou a renúncia de Lautenschlaeger, dizendo que sua voz havia enriquecido o conselho do BCE.

“A diversidade de opiniões e perspectivas sempre foi a força deste comitê, não a fraqueza”, disse Weidmann.

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reuters@moneytimes.com.br
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