Internacional

BCE poderia estender programa de compras de títulos por 12 meses

04 dez 2020, 9:22 - atualizado em 04 dez 2020, 9:22
BCE Banco Central Europeu
Vários membros do Conselho do BCE apoiariam uma extensão de 12 meses, mesmo os que têm preferência por seis meses, disseram as autoridades (ImagemREUTERS/Kai Pfaffenbach)

O Banco Central Europeu pode concordar em estender o programa de compras de títulos na pandemia por um ano, até meados de 2022, se isso for proposto pelo conselho executivo na próxima semana, de acordo com autoridades a par da situação.

Vários membros do Conselho do BCE apoiariam uma extensão de 12 meses, mesmo os que têm preferência por seis meses, disseram as autoridades.

Tal medida superaria as expectativas. Economistas ouvidos pela Bloomberg nesta semana esperam que as medidas de combate à crise – destinadas a manter os juros baixos para ajudar a economia da zona do euro durante a pandemia – sejam estendidas por seis meses, até o final de 2021, e ampliadas em 500 bilhões de euros (US$ 608 bilhões), para 1,85 trilhão de euros. A reunião de política monetária está marcada para 10 de dezembro.

Ainda existe a possibilidade de divergência, pois algumas autoridades ainda estão preocupadas com o fato de que estender as medidas até 2022 envolve fazer suposições sem garantias sobre a economia pós-pandemia.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, pode ter dificuldades para alcançar a unanimidade no conselho de 25 membros, disseram algumas das autoridades.

Um banco central sugeriu a extensão de 12 meses com a opção de reduzir novamente se a recuperação se mostrar mais forte do que o esperado, disse uma autoridade.

O BCE também se prepara para a discussão sobre o tamanho do programa de títulos. Vários membros querem que o aumento não ultrapasse 500 bilhões de euros, mas Philip Lane, economista-chefe do BCE, quer uma quantia maior, segundo uma fonte.

Um porta-voz do BCE não quis comentar.

O debate sobre o estímulo depende de quando a “fase de crise” da pandemia pode ser considerada encerrada, para que as medidas de emergência possam abrir caminho para ferramentas mais convencionais. Esse é o termo que formuladores de políticas têm usado para justificar o poder excepcional e a flexibilidade do programa de compras de títulos de 1,35 trilhão de euros.

Embora as autoridades concordem que precisarão continuar a oferecer suporte após a implementação das vacinas contra o coronavírus, o impacto direto da pandemia na economia irá diminuir. O estímulo de emergência do BCE tem a intenção explícita de ser temporário, pois anula restrições de programas anteriores que visavam evitar a violação as leis da União Europeia.

Os membros do Conselho do BCE começam a aceitar que 2021 pode ser muito cedo para decidir com certeza por quanto tempo o programa deve ser executado, e estão dispostos a estendê-lo para evitar a incerteza sobre a economia.

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