Bancos

BCE deve aumentar juros em julho para conter a inflação, diz chefe do BC alemão

10 maio 2022, 12:06 - atualizado em 10 maio 2022, 12:06
Bolsas Europeias
Nagel disse que uma ação rápida do BCE é necessária porque um atraso forçaria o banco a ser mais abrupto mais tarde (Imagem: REUTERS/Kai Pfaffenbach)

O Banco Central Europeu deveria aumentar as taxas de juros em julho para impedir que a inflação alta se consolide, disse o chefe do banco central alemão, Joachim Nagel, nesta terça-feira, juntando-se a uma já longa linha de autoridades monetárias que pedem mudanças rápidas.

Com a inflação subindo a um nível recorde de 7,5% no mês passado, as autoridades estão cada vez mais defendendo uma rápida redução do estímulo, e vários, incluindo a membro da diretoria Isabel Schnabel, defenderam um aumento dos juros já em julho.

Nagel, recém-chegado ao Conselho do BCE, disse que no primeiro passo o banco deveria encerrar as compras de títulos, conhecidas como afrouxamento quantitativo, no final de junho, e então começar a elevar a taxa de depósito de -0,5% em sua reunião seguinte.

“Se tanto os dados recebidos quanto nossa nova projeção confirmarem esta visão em junho, defenderei um primeiro passo para a normalização das taxas de juros do BCE em julho”, disse Nagel.

Um aumento em julho seria uma reviravolta notável para o BCE.

Apenas alguns meses atrás o banco disse que tal movimento era “altamente improvável” e agora alguns, incluindo o chefe do banco central francês François Villeroy de Galhau, estão pedindo que as taxas voltem a subir a território positivo este ano, o que provavelmente exigiria três aumentos de 0,25 ponto percentual cada.

Nagel disse que uma ação rápida do BCE é necessária porque um atraso forçaria o banco a ser mais abrupto mais tarde.

“O risco de agir muito tarde está aumentando notavelmente”, disse ele. “Quanto mais as pressões inflacionárias se espalham, maior a necessidade de um aumento muito forte e abrupto das taxas de juros.”

Disclemer

O Money Times publica matérias informativas, de caráter jornalístico. Essa publicação não constitui uma recomendação de investimento.

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