01 jun 2023, 9:46
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atualizado em 01 jun 2023, 9:46
“Hoje, a inflação está muito alta e deve permanecer assim por muito tempo”, disse Lagarde em um discurso (Imagem: REUTERS/Yiannis Kourtoglou)
A inflação na zona do euro continua muito alta, então é necessário um maior aperto na política monetária do Banco Central Europeu (BCE), mesmo que haja um crescente número de evidências de que as altas de juros anteriores estão começando a fazer efeito, disse a presidente do BCE, Christine Lagarde, nesta quinta-feira.
O BCE elevou os juros em um total de 375 pontos-base desde julho e basicamente prometeu outro aumento em junho, apesar de novos dados mostrando que a inflação diminuiu muito mais do que o esperado em maio, para 6,1%.
“Hoje, a inflação está muito alta e deve permanecer assim por muito tempo”, disse Lagarde em um discurso.
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“É por isso que subimos os juros no ritmo mais rápido de todos os tempos – e deixamos claro que ainda temos terreno a cobrir para levar os juros a níveis suficientemente restritivos”, acrescentou.
Esses aumentos já estão elevando as taxas bancárias “com força” e ainda há muito aperto por vir, mas o BCE não tem certeza da força que terá a transmissão de sua política monetária, disse Lagarde.
“Portanto, precisamos continuar nosso ciclo de alta até estarmos suficientemente confiantes de que a inflação está no caminho certo para retornar à nossa meta em tempo hábil”, disse ela, referindo-se à meta de inflação de médio prazo do banco de 2%.
Embora muitas autoridades já tenham colocado na mesa um aumento dos juros em julho antes mesmo da reunião de 15 de junho, alguns economistas disseram que os dados positivos sobre a inflação divulgados nesta quinta-feira podem significar o fim dos aumentos já neste mês.
Este ainda não é o cenário principal, no entanto, de acordo com os investidores, que ainda precificam mais dois aumentos de juros, e as autoridades raramente mudam suas opiniões a partir de um único dado.
“Não há evidências claras de que a inflação subjacente tenha atingido o pico”, disse Lagarde. “Os mercados de trabalho na zona do euro estão apertados e os trabalhadores têm um poder de barganha considerável, que estão começando a usar para recuperar essas perdas.”
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