Bancos

BC russo minimiza papel do dólar e do euro nos mercados domésticos e internacionais

31 maio 2022, 11:55 - atualizado em 31 maio 2022, 11:55
Banco Central Russia
“Um dos resultados das restrições de sanções impostas ao mercado cambial foi a tendência de aumentar o uso de moedas alternativas ao dólar e ao euro”, disse o banco central russo (Imagem: Reuters/Maxim Shemetov/File Photo)

O banco central da Rússia disse nesta terça-feira que o papel do dólar e do euro como moedas globais cairá à medida que os bancos centrais repensarem suas estratégias após o Ocidente congelar as reservas russas, sugerindo que poderia considerar a imposição de juros negativos para depósitos em dólar e euro.

Sanções ocidentais sem precedentes congelaram cerca de metade das reservas de ouro e moeda estrangeira da Rússia, que totalizavam quase 640 bilhões de dólares antes de Moscou iniciar sua campanha militar na Ucrânia, em 24 de fevereiro.

O Banco da Rússia disse que esse precedente, bem como as discussões sobre possível apreensão da parte congelada das reservas, levará outros bancos centrais, principalmente na Ásia e no Oriente Médio, a repensar estratégias para suas economias.

“Pode-se esperar um aumento na demanda por ouro e um declínio no papel do dólar norte-americano e do euro como ativos de reserva”, disse o banco em relatório sobre estabilidade financeira.

Até o final de 2021, o banco central russo detinha 131,5 bilhões de dólares de suas reservas em ouro, enquanto o restante das reservas de 612,9 bilhões de dólares era mantido em ativos em moeda estrangeira. Até 20 de maio deste ano, as reservas da Rússia haviam caído para 583,4 bilhões de dólares.

“Um dos resultados das restrições de sanções impostas ao mercado cambial foi a tendência de aumentar o uso de moedas alternativas ao dólar e ao euro”, disse o banco central russo, referindo-se ao iuan chinês em particular.

Para acelerar esse processo, a Rússia pode avaliar a imposição de taxas de juros negativas sobre depósitos mantidos em dólares e euros, disse o banco central.

A vice-presidente do Banco Central, Ksenia Yudaeva, esclareceu posteriormente que essas discussões diziam respeito apenas aos depósitos em moeda estrangeira de clientes corporativos em bancos, não aos de clientes de varejo.

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