Economia

BC fará novo leilão de até US$ 1 bi em swaps cambiais na quinta-feira

10 mar 2021, 19:37 - atualizado em 10 mar 2021, 19:37
Banco Central
BC ofertou também até 1 bilhão de dólares em swaps, com colocação integral (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O Banco Central fará na quinta-feira nova oferta líquida de contratos de swap cambial tradicional, voltando a disponibilizar até 1 bilhão de dólares nesses derivativos.

O acolhimento das propostas ocorrerá entre 9h30 e 9h40. O lote de até 20 mil papéis será distribuído entre os vencimentos 1º de junho de 2021 e 1º de dezembro de 2021.

“O resultado desta oferta pública será divulgado após a apuração realizada pelo Banco Central do Brasil”, disse o BC em comunicado divulgado no BC Correio.

O leilão previsto para quinta sucederá operação inesperada e com termos parecidos realizada nesta quarta, quando o BC ofertou também até 1 bilhão de dólares em swaps, com colocação integral.

O BC vem há algumas semanas alternando entre leilões de câmbio via swaps e dólar pronto. Na quarta, a autoridade monetária surpreendeu ao anunciar acolhimento de propostas para venda de moeda à vista, injetando no mercado 405 milhões de dólares.

Uma das teorias para explicar o maior ativismo do BC recentemente aponta que a instituição estaria mais preocupada com o risco de repasse cambial aos preços da economia, num cenário em que as expectativas de inflação de algumas casas já superam o centro da meta para 2021 e começam a colocar em xeque o objetivo para 2022.

Entre a recente mínima do dólar (de 5,4219 reais, de 24 de fevereiro) e a véspera quando fechou em 5,7927 reais, máxima em cerca de dez meses, a cotação saltou 6,84%.

A divisa norte-americana ainda sobe 8,91% em 2021, o que deixa o real na lanterna entre 33 pares do dólar.

Impactado pelos leilões-surpresa desta quarta, o dólar spot caiu 2,39%, a 5,6542 reais na venda, maior baixa em seis semanas.

O mercado acompanhou ainda o discurso do ex-presidente Lula, esperanças de manutenção do texto da PEC Emergencial e a aprovação final nos EUA de um pacote trilionário de estímulos.

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reuters@moneytimes.com.br

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