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BC britânico visa balanço patrimonial grande mas “enxuto” quando reduzir flexibilização quantitativa

13 set 2021, 10:45 - atualizado em 13 set 2021, 10:45
No mês passado, o BoE anunciou que espera parar de reinvestir os recursos de títulos em vencimento de seu programa de flexibilização quantitativa uma vez que eleve os juros de 0,1% para 0,5% (Imagem: Reuters/Hannah McKay/File Photo)

O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) espera ter um balanço patrimonial grande, mas um tanto mais enxuto, quando começar a reduzir seu programa de compra de ativos de 895 bilhões de libras, e tomará medidas para garantir que isso não aumente os juros de curto prazo.

Andrew Hauser, diretor executivo de mercados do BoE, também disse que os mercados financeiros não devem esperar que o banco central intervenha de forma tão agressiva no futuro como fez em março de 2020, quando o medo da pandemia de Covid-19 elevou os rendimentos dos títulos.

No mês passado, o BoE anunciou que espera parar de reinvestir os recursos de títulos em vencimento de seu programa de flexibilização quantitativa uma vez que eleve os juros de 0,1% para 0,5%.

Os formuladores de política monetária vão considerar vendas definitivas assim que aumentarem a taxa básica de juros do BoE para 1%.

O presidente do banco, Andrew Bailey disse a parlamentares na semana passada que não espera que essa política aumente notavelmente os rendimentos dos títulos e que visa garantir que o BoE continue tendo espaço para realizar compras de ativos durante crises futuras.

Hauser, em discurso na Sociedade Financeira e Bancária Internacional, disse que espera que o tamanho do balanço patrimonial do BoE — que reflete as compras de títulos conhecidas como flexibilização quantitativa (QE, na sigla em inglês), emissão de dinheiro e outras operações de mercado — varie conforme o BoE suaviza o ciclo econômico.

No geral, o tamanho do balanço do BoE cairá, mas permanecerá maior do que antes, acrescentou.

“Esperamos adotar uma abordagem liderada pelo mercado, em que permitimos que as reservas caiam à medida que os ativos de QE diminuem, mas estamos prontos para substituir qualquer déficit de demanda que possa surgir por meio de operações de mercado aberto de menor prazo”, disse ele em discurso publicado nesta segunda-feira.