Economia

BC afirma que ‘elevada incerteza’ motivou indicação sobre futuro da Selic, mostra ata

25 mar 2025, 8:59 - atualizado em 25 mar 2025, 9:03
selic copom
(Imagem: Shutterstock)

O Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou que optou por indicar apenas a direção do próximo movimento devido à elevada incerteza, mostra a ata da última reunião divulgada nesta terça-feira (25).

No encontro da semana passada, o Comitê elevou a Selic em 1 ponto percentual (p.p.), para 14,25% ao ano, e antecipou uma nova alta de juros de menor magnitude na próxima decisão.

“Diante da continuidade do cenário adverso para a convergência da inflação, da elevada incerteza e das defasagens inerentes ao ciclo de aperto monetário em curso, o Comitê antevê, em se confirmando o cenário esperado, um ajuste de menor magnitude na próxima reunião”.

Diferente das reuniões passadas, quando indicaram futuras altas de 1 p.p., os diretores optaram por não definir o tamanho do ajuste. Eles apenas indicaram que deve haver uma nova alta, ainda que menor, em função das defasagens inerentes ao ciclo monetário em curso.

O Comitê também viu como apropriado indicar que o ciclo não está encerrado em função do cenário adverso para a dinâmica da inflação.

Os diretores disseram que acompanharão o ritmo da atividade econômica, fundamental na determinação da inflação, em particular da inflação de serviços; o repasse do câmbio para a inflação, após um processo de maior volatilidade da taxa de câmbio; e as expectativas de inflação, que apresentaram desancoragem adicional e são determinantes para o comportamento futuro.

Para além da próxima reunião, o Copom reforçou que “a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
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Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
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