Comprar ou vender?

BBDC4, ITUB4, BBAS3, SANB11, BPAC11: Os ganhadores e os perdedores do 3T25 (e qual vale comprar)

17 nov 2025, 7:00 - atualizado em 17 nov 2025, 13:32
Bancos
Segundo dados da Elos Ayta, o lucro dos cinco bancos somados totalizou R$ 29 bilhões, alta de quase 4% no trimestre (Imagem: Divulgação / Montagem: Bruna Martins)

A temporada de resultados do terceiro trimestre chega ao fim com um gostinho agridoce para os bancos. Se por um lado, Itaú (ITUB4) e BTG (BPAC11) conseguiram entregar mais uma safra de resultados fortes, o Banco do Brasil teve um trimestre para esquecer.

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No meio do campo, Santander (SANB11) e Bradesco ainda tentam mostrar que viraram a página após trimestres de números abaixo do esperado. Para o BBDC, porém, há até maior confiança de que a recuperação já é uma realidade, com o papel saltando mais de 70% no ano.

Segundo dados da Elos Ayta, o lucro dos cinco bancos somados totalizou R$ 29 bilhões, alta de quase 4% no trimestre, mas queda de 6,62% ante o ano passado, muito puxado pelo tombo de 60% do lucro do BB.

Veja a tabela abaixo:

Banco Lucro líquido (3T25) ROE (3T25) ROE (3T24) Variação ROE (pontos percentuais)
Banco do Brasil R$ 3,78 bi 8,4% 21,1% -12,7 pp (queda)
Bradesco R$ 6,20 bi 14,7% 12,4% +2,3 pp
Itaú Unibanco R$ 11,9 bi 23,3% 22,7% +0,6 pp
Santander R$ 4,0 bi 17,5% 17,0% +0,5 pp

Itaú, o mais seguro?

No Itaú, o céu é de brigadeiro.

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Genial destacou a rentabilidade elevada, com ROE (retorno sobre o patrimônio líquido) de 23,3% — estável no trimestre e com alta de 0,6 ponto percentual no ano.

Isso coloca o banco em ampla vantagem frente aos pares, consolidando-o como o mais consistente ao longo dos ciclos — o mais rentável e capitalizado entre os incumbentes, segundo os analistas.

Em teleconferência com jornalistas, o CEO Milton Maluhy reafirmou o compromisso do banco de se manter nesse patamar.

“A gente tem que sempre encontrar o ponto ótimo entre crescimento e rentabilidade, alocando bem o capital. Eu não vejo, no curto prazo, nenhuma mudança de tendência nos 20%, apesar de, de novo, não darmos guidance”, afirmou.

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Com tanto dinheiro em caixa, analistas já esperam pelo pagamento dos dividendos adicionais, tradicionalmente pagos no começo do ano.

Nos cálculos do Bradesco BBI, considerando um crescimento de 4,5% na carteira em 2025 e uma meta de CET1 de 12,3%, o potencial dividendo extraordinário a ser pago deve atingir aproximadamente R$ 31 bilhões.

BTG, voando alto

O BTG não só repetiu o segundo trimestre forte como superou a marca, registrando lucro de R$ 4,5 bilhões e ROE de 28%. Agora, algumas casas já colocam o banco em novo patamar de rentabilidade.

Os analistas do Safra, por exemplo, afirmam que o fato de o banco ter conseguido expandir o ROE mesmo em um cenário desafiador é impressionante.

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“Mesmo que a forte receita tenha se beneficiado do sólido desempenho do banco de investimento e da área de vendas e negociação — o que pode não ser facilmente replicado no atual ambiente de mercado —, ainda observamos um resultado 5% acima do esperado, excluindo essas linhas”, diz o Safra.

Para o banco, o que se desenha é uma instituição capaz de navegar por diferentes cenários, com um ecossistema diversificado. Prova disso é que o BTG teve recorde em várias linhas de receita.

“O mercado pode estar subestimando o potencial do ROE caso o cenário melhore. Este trimestre não só deve gerar outra revisão de lucros — que pode chegar a cerca de 10%, considerando o consenso atual de R$ 17,6 bilhões —, como também eleva as expectativas para o banco”, afirmam os analistas.

Na visão de analistas do Citi, mesmo diante de uma base de comparação elevada no início do ano, a sinalização de uma possível expansão do ROE em 2025 parece bastante factível.

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Bradesco, copo meio cheio ou vazio

De maneira geral, analistas classificam o balanço como decente. A Genial recorda que o banco tem feito a lição de casa, tendo entregado a sétima alta sequencial desde o início do plano de reestruturação, anunciado em 2024.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É também setorista de setor financeiro. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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