BBAS3, ITUB4, SANB11: Os pontos de atenção levantados por Bradesco BBI para a temporada do 2T23
O Santander (SANB11) abre a temporada de resultados do segundo trimestre de 2023 do setor bancário no Brasil, com a divulgação do balanço marcada para acontecer na próxima quarta-feira (26), antes da abertura do mercado.
De acordo com o Bradesco BBI, é preciso prestar atenção a alguns pontos nesta safra, como as mensagens que a alta administração das empresas vão entregar sobre o crescimento dos empréstimos no segundo semestre do ano e em 2024.
“Acreditamos que o ciclo de deterioração da qualidade dos ativos está próximo do fim”, dizem Gustavo Schroden, do BBI, e Renato Chanes0, da Ágora Investimentos, em relatório divulgado nesta sexta-feira (21).
“Como tal, os bancos apenas reacelerariam o crescimento dos seus empréstimos e aumentariam o seu apetite pelo risco se fossem apoiados por sinais positivos da economia real, no nosso ponto de vista, uma vez que o endividamento das famílias ainda permanece em um nível recorde”, completam os analistas.
Com a melhora da inflação e a expectativa do início do ciclo de corte de juros no Brasil, o BBI avalia a possibilidade de melhores condições para a expansão do crédito em 2024.
Além disso, a corretora acredita que revisões de orientação podem ser esperadas, especialmente em relação à receita líquida de juros, despesas com provisões e receitas de tarifas – ainda que com tendências diferentes entre os bancos.
O BBI recomenda atenção sobre o desdobramento das condições macroeconômicas, possivelmente o catalisador principal para o apetite de risco e para as estimativas de 2024.
O melhor resultado da temporada
Em relação ao estreante do setor na temporada, o BBI avalia mais uma leva de números fracos, com a margem de lucro do Santander ainda sob pressão. Somado a isso, o custo de risco segue aumentando, o que potencialmente acaba por pesar sobre o lucro líquido no trimestre.
Por outro lado, o BBI acredita que o BTG Pactual (BPAC11) apresentará o melhor conjunto de resultados entre os bancos, impulsionado por “ganhos mais fortes em sua corretora”, além de “sólidos negócios de empréstimos corporativos e gestão de patrimônio”. Ainda, os custos da companhia devem permanecer controlados, resultando em “potencial surpresa em relação ao crescimento”.
O Itaú (ITUB4) é outro que deve agradar com seus números. A receita líquida de juros deve seguir elevada e as despesas de provisão estão relativamente controladas, levando a um potencial aumento nos lucros.
Em relação ao destaque dos últimos trimestres, o BBI levanta tendências mistas. Para os analistas, o Banco do Brasil (BBAS3) deve entregar receita líquida de juros elevada, mas com provisões acima do esperado e taxas mais fracas. No geral, a estatal deve mostrar estabilidade em seus resultados.