É o Bradesco (BBDC4)? 22 analistas elegem o ‘filé mignon’ dos bancos para setembro
Os bancos não perdem a majestade quando o assunto são dividendos e proteção na carteira. Em levantamento do Money Times com 22 carteiras, três ações aparecem, novamente, entre as mais indicadas: Itaú (ITUB4), com 11 recomendações, Banco do Brasil (BBAS3), com 10, e BTG Pactual (BPAC11), com 6.
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Apesar disso, o destaque vai para o Bradesco (BBDC4), que aos poucos, volta a aparecer. O banco recebeu três indicações, após disparar mais de 20% depois do resultado do segundo trimestre.
Já o Santander (SANB11) foi indicado duas vezes, enquanto o banco ABC (ABCB4), voltado para médias e pequenas empresas, recebeu uma indicação.
Por que Itaú?
O Santander elevou recentemente o preço-alvo para o Itaú de R$ 38,00 para R$ 44, elegendo-o como a principal escolha.
“Olhando para o futuro, prevemos que o Itaú voltará a acelerar a concessão de empréstimos em segmentos específicos, especialmente agora que a inadimplência de sua carteira de crédito se estabilizou. Espera-se que a maior parte do processo de redução de risco do Itaú tenha sido concluída no 4T23”, afirmam.
Além disso, segundo os analistas, com base nos resultados do 1º semestre de 2024 e no guidance de 2024 (R$ 40 bilhões de lucro líquido no ponto médio, implicando um crescimento de 12% ano a ano), fica claro que o Itaú está em um melhor momento operacional comparado aos pares privados da cobertura.
Para o BTG, no segundo trimestre, o Itaú apresentou mais um conjunto de resultados trimestrais fortes e saudáveis, com seu lucro líquido ligeiramente acima das expectativas do mercado.
“Em resumo, vimos uma combinação muito boa de crescimento e alta rentabilidade no banco premium incumbente do Brasil no último trimestre”, destaca.
Banco do Brasil segue
Apesar de alguns desafios, como a alta da inadimplência no segmento agro, uma das principais linhas do banco, os analistas seguem otimistas com o BB.
Na visão do BTG, embora a ação não seja mais uma recomendação de compra óbvia como foi em 2023, “ainda consideramos seu valuation muito atrativo”.
“Negociando a menos de 0,9x o valor patrimonial mais recente, com um ROE ainda acima de 20% e um dividend yield de aproximadamente 11%, e dado o atual cenário de capital saudável do banco, ainda vemos razões para manter nossa recomendação de compra”, coloca.
BTG no páreo
Na visão da Ágora Investimentos, o BTG reportou um bom resultado para o segundo trimestre, mas com tendências mistas refletindo condições macroeconômicas desafiadoras.
No lado positivo, lembra os analistas, os empréstimos corporativos continuaram a registrar um sólido crescimento de portfólio de 7,3% no trimestre (e 26,7% em um ano), enquanto a gestão de patrimônios mostrou captação líquida de R$ 28 bilhões, com um ROA (retorno sobre o patrimônio) estável.
No lado negativo, as receitas de gestão de ativos contraíram, apesar da expansão do volume administrado e da captação líquida mais forte, indicando um ROA mais fraco.
“Por entendermos que o mercado já antecipava esse resultado e dada a melhora no sentimento dos investidores, acreditamos que BPAC11 ofereça uma relação de risco e retorno mais adequada entre os grandes bancos da nossa cobertura neste momento”, destaca.
Bradesco: Hora de comprar?
O Safra foi um dos que incluíram o banco, após um longo período de resultados aquém do esperado. Segundo os analistas, os resultados do segundo trimestre, com lucro de R$ 4,7 bilhões, o deixaram mais otimistas.
“Enxergamos uma sinalização de continuidade da melhora por parte do banco ao olharmos para a frente, devido a uma perspectiva econômica mais favorável e ajustes em suas operações. Este cenário fundamenta nossas estimativas atuais e representa um risco de alta para nossas projeções para 2025”, destaca.
Levantamento
O levantamento do Money Times levou em consideração as informações das carteiras de ações divulgadas por 22 instituições. Para setembro, foram indicadas 82 ações, somando 234 recomendações.
Participaram do levantamento Ágora Investimentos, Ativa Investimentos, Andbank, Daycoval, BB Investimentos, BTG Pactual, CM Capital, EQI Research, Empiricus Research, Genial Investimentos, Guide Investimentos, Itaú BBA, MyCap, Nova Futura, Planner,PagBank, Rico, RB Investimentos, Safra, Santander, Terra Investimentos e XP Investimentos.