BBAS3, ITUB4, BBDC4 ou SANB11? Analistas estão de olho em um bancão para 2024
Analistas do Itaú BBA estão otimistas com o setor bancário. Para 2024, a equipe está otimista com as ações, dada a potencial combinação de valuation barato, aceleração de lucros via NPLs (taxas de crédito inadimplentes) do varejo e clareza de excessos regulatórios.
Na opinião do BBA, o setor bancário entrará 2024 com tendências de lucros dispersas, além de esperanças de retomada dos negócios e discussões de debates regulatórios significativos como pano de fundo.
De acordo com a instituição, pode parecer cedo, mas a situação dá a entender que existe uma janela de oportunidade de médio prazo para investidores adicionarem exposição.
O BBA torce para que, dentro desse período, as “peças políticas tenham se estabilizado”, enquanto os lucros devem começar a levantar as ações novamente.
“Juros menores certamente devem acelerar gradualmente o crescimento da carteira de crédito e a margem líquida de juros via melhora de mix”, afirma.
O BBA diz que todos os bancos sob sua cobertura devem apresentar provavelmente resultados melhores em 2024, “mesmo com alguns aproveitando ventos favoráveis mais fortes que outros”.
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Uma estatal entre as top picks
O BBA conta com quatro ações top picks para 2024, sendo Banco do Brasil (BBAS3) o único grande banco tradicional entre os favoritos.
A equipe de análise cita o “longo” e “completo histórico” de resultados do Banco do Brasil, tornando-o uma tese de valor única.
O BBA tem estimativas acima do consenso para o lucro da estatal em 2024, de R$ 39 bilhões, o que representa um crescimento de 9% em relação às estimativas para 2023. Para completar, a instituição enxerga potencial para aumento de distribuição de dividendos. O valuation também permanece bem descontado, com a ação negociada a 3,5 vezes P/L (preço sobre lucro) e 0,7 vez P/VP (preço sobre valor patrimonial), com um dividend yield de aproximadamente 10%.
Os outros três papéis do setor bancário citados pelo BBA são Nubank (ROXO34), BTG Pactual (BPAC11) e Banco Pan (BPAN4).
No caso do Nubank, trata-se de uma tese de crescimento, com a empresa bem posicionada para se beneficiar de uma dinâmica de lucros favorável e perspectivas de forte crescimento, ao passo que conta com uma execução superior.
Já o BTG é uma escolha pensando no mercado de capitais. O valuation parece atrativo, avalia o BBA, principalmente levando em consideração que o mercado de capitais pode estar vivendo um ponto de virada.
“O BTG está pronto para entregar um crescimento de cerca de 20% ano a ano nos resultados, apoiado por dias melhores no mercado de capitais”, defendem os analistas.
Por fim, o Banco Pan, apesar de não contar com um valuation atrativo, é a ação small cap do setor. A companhia está perto de atingir um ponto de inflexão nos resultados, de acordo com o BTG. Ainda, a companhia pode se beneficiar da ligação com o BTG.
O BBA espera um salto de 50% dos resultados em 2024, a R$ 1,3 bilhão, via spreads melhores e um custo de risco menor.