BBAS3, ITUB4, B3SA3: O impacto do corte da Selic para o setor financeiro, segundo BofA
O corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros brasileira, a Selic, deve gerar impacto para as empresas do setor financeiro de diversas maneiras, avalia o Bank of America (BofA), em relatório publicado nesta quinta-feira (3).
De acordo com a instituição, o impacto deve vir na forma de:
- aceleração do crescimento de empréstimos;
- gradual contração da margem líquida de juros;
- menor taxa de inadimplência e endividamento de famílias;
- maior atividade do mercado de capitais;
- menores custos de financiamento para companhias de pagamentos; e
- resultados financeiros menores para empresas do setor de seguros.
O BofA explica que a melhora da situação financeira das famílias e a queda nas taxas de financiamento impulsionaram a demanda e a oferta por crédito nos ciclos anteriores.
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Não à toa, os bancos estatais anunciaram mudanças nas taxas de juros. Logo após a decisão do Copom, o Banco do Brasil (BBAS3) e a Caixa Econômica Federal confirmaram a redução da taxa do crédito consignado do INSS. Além disso, o Banco do Brasil também anunciou o corte de juros nas demais modalidades de empréstimos.
Na opinião do BofA, os bancos devem, em breve, acelerar a originação de crédito, principalmente de linhas de maior risco, dando suporte ao crescimento da margem financeira (NII) em 2024.
No caso de empresas de pagamentos, o BofA acredita que elas devem se beneficiar pela queda nas despesas financeiras.
Paralelamente, o banco avalia que as seguradoras devem enfrentar resultados financeiros menores.
“As reservas de seguradoras estão majoritariamente investidas em instrumentos de renda fixa, o que leva a retornos menores”, afirma.
Como aproveitar uma Selic menor
O BofA ressalta que ações ligadas ao mercado de capitais superaram o Ibovespa nos ciclos de flexibilização anteriores, enquanto bancos eram inconsistentes e seguradoras apresentavam uma performance em linha com o mercado.
O banco faz questão de destacar que todos os subsetores estão com valuations descontados para os ciclos de afrouxamento anteriores.
A preferência recai sobre BTG Pactual (BPAC11), XP (XP) e B3 (B3SA3), todas com recomendação de compra. Dos bancões, Banco do Brasil (BBAS3) é o favorito. Já PagSeguro (PAGS) se destaca entre as empresas de adquirência.