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BB Seguridade (BBSE3): Resultado financeiro pesou no 1T24 e chuvas no Sul preocupam; entenda

06 maio 2024, 16:49 - atualizado em 06 maio 2024, 16:49
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Apesar de analistas estarem de olho em chuvas do Sul, diretor financeiro da BB Seguridade afastou preocupações (Imagem: Agência Senado)

O BB Seguridade (BBSE3) divulgou seus resultados do primeiro trimestre de 2024 (1T24) nesta segunda-feira (06). As ações se recuperaram ao longo do dia, mas o resultado financeiro divulgado e as chuvas no Sul do país pressionaram o papel. Às 15h52, BBSE3 subia 1,28%.

Na visão do Safra, o lucro por ação ficou em linha com o esperado, apesar dos resultados financeiros decepcionantes. Os analistas apontam BB Corretora, Brasilseg e Brasilcap como pontos positivos e Brasilprev como destaque negativo.

O lucro da BrasilPrev, de R$ 305 milhões, teve uma queda anual de 30,3%. A baixa foi motivada pelo descasamento entre ativos e passivos atrelados aos índices de inflação e pelas perdas relacionadas à avaliação a mercado.

Já os dados positivos reportados pela Brasilseg, com lucro de R$ 1,017 bilhão e aumento anual de receita em 15,3%, foram impulsionados pelo crédito de vida e seguros rurais, com a sinistralidade aumentando 2,8pp, chegando a 26,4%.

Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, afirma que o resultado financeiro ficou abaixo das expectativas do mercado, mas, no geral, foi positivo. O resultado, segundo ele, é importante, mas, às vezes, está fora do controle da companhia. Enquanto isso, o resultado operacional foi considerado positivo e serve como contrapeso.

Hungria, no entanto, tem preferência por Caixa Seguridade (CXSE3), que tem menor exposição ao setor agro e é focada maior no setor residencial.

Em relatório do Itaú BBA, assinado por Pedro Leduc, os resultados foram considerados entre neutros e positivos, em linha com as expectativas. “Assumindo uma menor volatilidade no IPCA e CDI seguindo em frente, esse deve ser o trimestre com menor lucro do ano”, diz.

“Procuraremos mais informações sobre os desenvolvimentos recentes na região sul”, complementa em relatório.

CFO afasta preocupações acerca de impactos de chuvas do Sul

Segundo a Reuters, o diretor financeiro da companhia, Rafael Sperendio, em conferência com analistas, afirmou que não espera nenhum tipo de impacto material da catástrofe no resultado.

De acordo com ele, boa parte da safra de soja da região já foi colhida e, em outras culturas, a exposição do BB é muito baixa.

“Em termos de sinistros, esse evento tem concentração em estruturas físicas, como instalações, armazenagem, edifícios, mas infelizmente a cultura de proteção é pouco difundida”, afirmou.

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