BB Seguridade (BBSE3) quer aumentar lucro; mais dividendos?
![BB Seguridade](https://www.moneytimes.com.br/uploads/2025/02/bb-seguridade.jpg)
A BB Seguridade (BBSE3) teve resultado que não superou as expectativas, é verdade, mas que nem por isso desanimou investidores. Na abertura, a ação chegou a subir 4%, mas diminuiu a força ao longo da manhã. Por volta das 13h, a ação subia 2,82%, a R$ 39,07.
Isso porque além dos números, a subsidiária de seguros do Banco do Brasil (BBAS3) divulgou as projeções para 2025. Nos cálculos de analistas, o lucro deverá subir 11%, a R$ 9,04 bilhões, o que ficaria acima do esperado pelo consenso do mercado.
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Para a Genial, o BB terá recuperação nos prêmios emitidos pela unidade de seguros, após um fraco desempenho em 2024.
Além disso, a disparada dos juros pode turbinar o resultado financeiro, beneficiando as unidades de seguros e capitalização, ambas com carteiras majoritariamente pós-fixadas. A expectativa é de juros na casa dos 15% até o fim do ano.
Esse, aliás, é o principal argumento para o BTG sustentar a sua recomendação de compra. De acordo com os analistas, a BBSE3 tem entregado consistentemente um retorno anual de 15% (incluindo dividendos) desde seu IPO (abril de 2013), tornando-a uma das ações com melhor desempenho no Brasil no período.
“Sua forte previsibilidade, retornos muito altos, histórico sólido de governança corporativa e grandes dividendos a tornam particularmente interessante em épocas de intensa volatilidade como a que vimos recentemente”.
Dessa forma, o BTG elegeu a BBSE3 entre as principais opções, especialmente em meio ao ciclo de aperto monetário em andamento.
Mais lucros, mais dividendos?
Para 2025, analistas continuam projetando bons retornos. De acordo com a Genial, o retorno esperado é de 10,5%, o que é atrativo.
“Enxergamos BB Seguridade como um ativo defensivo, oferecendo um bom equilíbrio entre crescimento moderado, dividendos e rentabilidade”.
No ano, a companhia pagou R$ 7 bilhões, totalizando o percentual de distribuição do lucro de 81,7% para o ano de 2024. Ou seja, se pagar o que pagou no ano passado, poderá depositar R$ 7,32 bilhões na conta do acionista.
Resultados: pontos positivos e negativos
Entre os destaques, a vertical de seguros brilhou e segue se beneficiando do cenário de juros elevados, que impulsionou a receita financeira em sua carteira majoritariamente pós-fixada, além de ter apresentado uma sinistralidade baixa, contribuindo para o avanço do lucro na vertical.
Por outro lado, o trimestre foi impactado pelo desempenho fraco da unidade de Previdência, pressionada pelo resultado financeiro abaixo do esperado e pela constituição de novas provisões técnicas.
“Esse resultado foi impactado pela forte base de comparação, que se beneficiou de reversões de provisões complementares (PCC). Além disso, o resultado financeiro fraco, devido ao aumento do custo do passivo vinculado ao IGP-M, e o resultado negativo de outras provisões técnicas ampliaram a pressão sobre a unidade”, diz Genial.