BB Seguridade (BBSE3): É hora de comprar, diz Safra; veja potencial
Mesmo com sinal amarelo em meio a deterioração do agronegócio nos últimos meses, o Banco Safra elevou a recomendação do BB Seguridade (BBSE3) para outperform – desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra -, com potencial de valorização de 25%, preço-alvo em R$ 43.
Recentemente, o desempenho das ações BBSE3 e BBAS3 tiveram um desempenho abaixo do esperado, impulsionado pela atividade rural “decepcionante”. No entanto, de acordo com os analistas do banco que assinam o relatório, a queda não é justificada.
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“Ambas as ações caíram simultaneamente, mas não devem subir no mesmo ritmo, em nossa opinião. Enquanto a BBAS pode ainda enfrentar problemas de provisão relacionados à rolagem da carteira de crédito rural, a principal implicação para a BBSE consiste em uma desaceleração nos prêmios brutos de curto prazo, especificamente na linha de seguro agrícola, que não é um grande motor de ganhos, já que a maioria dos prêmios é ressegurada”, avalia o Safra, em documento publicado nesta quinta-feira (31).
Para eles, as perspectivas para o setor rural estão melhorando. Os analistas observam uma normalização nas condições climáticas, que até então era a principal preocupação. Desta forma, os níveis de plantio, que estavam abaixo do ritmo histórico algumas semanas atrás, aceleraram e se equipararam nesta semana.
“Nossa leitura é que isso provavelmente impulsionou o ritmo dos empréstimos de capital de giro agrícola (“custeio”), e a perspectiva para os prêmios rurais escritos no 4T24 deve melhorar consideravelmente em relação à expectativa de baixa no 3T24”, destaca o banco.
A estimativa da casa é de lucro líquido para 2024/2025 de R$ 7,8 bilhões e R$ 8,5 bilhões, respectivamente, representando uma revisão nas projeções do Safra de +1% em ambos os anos e +3% acima do consenso em 2025. Com isso, o crescimento anual seria de +8%, acima, inclusive, da estimativa da casa para o Banco do Brasil de +6%.
Entre os pontos que os fazem modificar a recomendação para a ação, está também os dividendos do BB que estão rendendo cerca de 11%.
Já os principais riscos para a tese está uma piora no índice de perdas rurais ou prêmios pior do que o previsto, caso ocorra algum grande problema climático, além de um desempenho financeiro mais fraco na Brasilprev e discussões relacionadas ao modelo de contrato de corretagem resultando em termos de acordo desfavoráveis.