BB Seguridade (BBSE3) é defensiva e oferece dividendos atrativos, avalia Goldman Sachs; veja as razões do banco para comprar
O Goldman Sachs reiterou a sua recomendação de compra para o BB Seguridade (BBSE3), após reunião com o diretor financeiro (CFO) da companhia, Rafael Sperendio. O banco mantém o preço-alvo de 12 meses de R$ 44, um potencial de alta de 16%.
A ação é um nome defensivo dentro da cobertura do Goldman, segundo os analistas, tendo em vista o pagamento de dividendos (com rendimentos de 10%), composição da receita e lucratividade estruturalmente alta.
A seguradora — braço do Banco do Brasil — reúne um possível crescimento do lucro líquido acima de dois dígitos em 2025, tendências operacionais saudáveis e dividendos atrativos, aponta o Goldman Sachs.
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Os analistas comentam que, na visão do próprio BB Seguridade, embora a receita possa se expandir em um dígito médio a alto em 2025, taxas de juros mais altas provavelmente levarão o crescimento da receita para dois dígitos.
A administração da companhia espera uma normalização das tendências no segmento rural, à medida que o seguro agrícola aumenta e o penhor rural/vida rural desacelera. Enquanto isso, o seguro de vida pode se beneficiar da recente aceleração da inflação do IGP-M, que é o principal impulsionador das renovações de apólices (80% dos prêmios de vida), apontam os analistas.
Por outro lado, o Goldman Sachs destaca que a companhia apontou um cenário mais desafiador para a originação de vida prestamista, que está vinculada a algumas carteiras de crédito do Banco do Brasil, como empréstimos consignados do INSS.
“Considerando tudo isso, espera-se que os prêmios de seguro cresçam entre dígitos médios e altos no próximo prazo”, ponderam os analistas.
Lucro líquido do BB Seguridade pode superar dois dígitos
Em 2025, o lucro líquido pode superar os dois dígitos, conforme o Goldman Sachs. O BB Seguridade espera uma perspectiva bastante benigna para a taxa de sinistralidade no segmento rural, considerando um provável La Niña brando em 2025.
Da mesma forma, a taxa de sinistralidade de vida e prestamista provavelmente permanecerá entre a faixa de 20/30. Além disso, a receita financeira deve se beneficiar de taxas mais altas no Brasil, considerando a alocação da empresa em ativos flutuantes.
Por fim, a empresa reafirmou que pode permanecer mais perto da parte superior da faixa de pagamento de 80-90%.