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BB Seguridade (BBSE3): Dividendos não compensam? Por que JPMorgan não recomenda compra

23 ago 2024, 16:37 - atualizado em 23 ago 2024, 16:42
bb-seguridade
(Imagem: Divulgação)

O JPMorgan alterou o preço-alvo do BB Seguridade (BBSE3) de R$ 40 para R$ 38 e manteve a recomendação neutra para o papel até 2025. Sim, o banco reconhece que o braço de seguros do Banco do Brasil (BBAS3) possui altos retornos de dividendos e ROE (retornos sobre o patrimônio).

Além disso, gosta do acesso da empresa a produtos de seguros premium, com a melhor rede de distribuição da categoria e diversificação de seguros.

Porém, o fato da perspectiva de uma queda da Selic (taxa básica de juros) esperada para os próximos trimestres deverá implicar em menores resultados financeiros, o que tira o brilho do papel.

Outra preocupação se dá no agronegócio. Segundo os analistas, é possível que ação perca impulso com a normalização da sinistralidade rural e a desaceleração do crescimento dos prêmios rurais e prestamistas.

Para 2024, o banco aumentou previsão de lucro em 4%, para R$ 8 bilhões. Em 2025, o JP elevou as estimativas de lucro em 1%, para R$ 8.495 bilhões.

Entre os riscos negativos, o JP nota:

  • maiores perdas rurais e de vidas prejudicando as margens da BrasilSeg;
  • uma inflação potencialmente mais elevada do IGPM provocando ainda mais perdas nas pensões;
  • potencial desalinhamento de incentivos na oferta de produtos do banco controlador;
  • risco principal na renegociação de contratos na corretora;
  • maior concorrência nas pensões

Do outro lado, os riscos positivos:

  • crescimento dos prêmios mais forte do que o previsto nos seguros de vida e prestamista;
  • crescimento resiliente dos prêmios rurais;
  • antecipação da renovação do contrato

Expectativa positiva para seguro rural do BB Seguridade

Apesar dos desafios, o BB Seguridade está com expectativas positivas para o segmento rural da BrasilSeg no segundo semestre, afirmou o diretor financeiro do braço de previdência e seguros do Banco do Brasil, Rafael Sperendio.

“(O segmento) rural trouxe um crescimento importante (no primeiro semestre)… A gente está com uma expectativa muito positiva para o segundo semestre para esse segmento”, afirmou o executivo em teleconferência após a divulgação do resultado do 2º trimestre.

Os prêmios emitidos pelo ramo rural, com uma participação total de 47,1% em relação às demais áreas — como habitacional e residencial — cresceram 4,2% nos primeiros seis meses do ano, na comparação com o mesmo período em 2023, mas recuaram 3,2% no segundo trimestre ante abril a junho do ano passado.

Com Reuters

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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